O Sicredi lançou seu Relatório de Sustentabilidade 2021, que apresenta as principais ações e resultados obtidos ao longo do ano com base nos aspectos de ESG (ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês). As iniciativas reforçam a política de sustentabilidade da instituição e seu compromisso com o Pacto Global e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), em sinergia com o propósito de construir, juntamente com mais de 100 cooperativas, uma sociedade mais próspera. Além disso, a instituição de crédito cooperativo divulgou a captação internacional de US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões) para destinar a micro, pequenas e médias empresas brasileiras lideradas por mulheres, ação que resulta de parceria com a IFC e as instituições financeiras BNP Paribas e SMBC.
“O nosso Relatório de Sustentabilidade 2021 evidencia a atuação em prol da agenda ESG e traz um senso de continuidade em mostrar como o modelo de negócio das cooperativas se configura como um impulsionador para o desenvolvimento das comunidades, por meio de iniciativas que facilitam a inclusão das pessoas e auxiliam na recuperação da economia local”, afirma Fernando Dall’Agnese, presidente do Conselho de Administração da SicrediPar.
Desenvolvimento Local
Entre os destaques da publicação estão os impactos positivos que a instituição gera nas comunidades em que atua. Fiel ao modelo de negócio cooperativo, o Sicredi promove o desenvolvimento local por meio do ciclo virtuoso, no qual os recursos captados permanecem na região de abrangência das cooperativas e são direcionados para operações de crédito de associados da mesma região. Em 2021, foram gastos R$ 850,7 milhões com fornecedores locais, o que representa 13,8% dos gastos totais com fornecedores no ano – incentivo direto à economia local. Em projetos de desenvolvimento local que estão ligados ao crédito, o Sicredi apoiou 28.077 micros e pequenas empresas por meio do Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
No ano, o Sicredi ainda realizou um investimento social de R$ 158,8 milhões por meio do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES), doações, lei de incentivo e Fundo Social. Este último contou com R$ 30,7 milhões investidos em 3.287 projetos sociais de interesse coletivo em educação, cultura, esporte, saúde, segurança, meio ambiente e inclusão social, promovendo o desenvolvimento das regiões onde estamos inseridos.
Economia Verde
O Sicredi destinou, em 2021, R$ 24,6 bilhões em crédito voltado à economia verde que tem como foco os impactos positivos para a sociedade e ao meio ambiente, trazendo melhoria de bem-estar a todos e reduzindo os impactos ambientais. Um dos destaques foi o financiamento para energia solar, com a concessão de R$ 3,3 bilhões de crédito. O total representa um avanço de mais de 90% em relação a 2020 e reforça a presença do Sicredi como importante agente no fomento de projetos de energia renovável e limpa.
Além disso, para atender à crescente demanda por crédito destinado à instalação de sistemas de energia fotovoltaica (energia solar), o Sicredi firmou em 2021 um acordo de parceria com a International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, para a captação de US$ 120 milhões para o estímulo de projetos de energia solar em todo o Brasil.
O relatório também reforça o lançamento do Fundo de Investimento ESG Sicredi, focado em empresas alinhadas à estratégia de sustentabilidade e que geram impacto positivo na sociedade, assim como na agregação de renda aos associados. O fundo já possui patrimônio líquido de mais de R$ 1,9 milhão, segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais).
O apoio à economia verde contribui para os resultados positivos do Sicredi no balanço anual de 2021, que atingiu uma carteira de crédito de R$ 133 bilhões, sendo R$ 86 bilhões em crédito comercial e R$ 47 bilhões em crédito rural e direcionados.
Emissões de GEE
Em 2021, as cooperativas do Sicredi evitaram a emissão de 580 tCO2e (toneladas de CO2 equivalente) por meio da autogeração de energia solar. A instituição também neutralizou 100% das suas emissões de gases de efeito estufa com o apoio a cinco projetos alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os resultados são o retrato da evolução anual da gestão de Ecoeficiência do Sicredi, com a elaboração do Inventário de Emissões de GEE Sistêmico, que contabiliza emissões representativas de todas as cooperativas, calculado conforme a metodologia do GHG Protocol (Protocolo de Gases de Efeito Estufa) e que foi reconhecido com o Selo Ouro, maior nível de qualificação para inventários de emissões corporativos, em 2020.
Organizacional
Junto à estratégia de sustentabilidade, baseada em ampliar o impacto positivo de forma equilibrada aos pilares: Econômico, Social e Ambiental; em 2021, o Sicredi incorporou o conceito de Governança para assegurar ainda mais o seu desenvolvimento equilibrado com o modelo de negócio cooperativo. As estratégias dinamizam os conceitos de gestão ESG com o objetivo de impactar positivamente os públicos interno, externo e comunidades locais. Para isso, foram criados Comitês de Sustentabilidade nos três níveis da instituição: nacional, regional e local, reforçando assim a cultura organizacional de sustentabilidade.
Hoje, 43,5% das cooperativas do Sicredi já possuem comitês de sustentabilidade e mais de 10 mil colaboradores foram treinados sobre o tema, visando o protagonismo de cada um no desenvolvimento sustentável da instituição. Os comitês assessoram os conselhos de administração das entidades, oferecendo um ambiente de discussão, recomendação de priorizações e acompanhamento de seu desempenho em sustentabilidade.
A educação é um foco estratégico do Sicredi, e por isso em 2021 manteve o desenvolvimento de programas voltados à temática. A Fundação Sicredi em parceria com as Centrais desenvolveu 24 turmas de formação para assessores pedagógicos no programa A União Faz a Vida, que com 26 anos de existência, já impactou mais de 3,7 milhões de crianças e adolescentes, teve 180 mil educadores envolvidos e mais de 2.600 escolas participantes em 520 municípios de 11 estados brasileiros. Já o Programa Cooperativo Escolares, que visa ampliar as oportunidades de aprendizado de crianças e adolescentes, por meio de atividades sociais e culturais, teve como resultado em 2021 o incentivo a 152 Cooperativas Escolares em 82 municípios, impactando 4,1 mil alunos.
“Vamos seguir fomentando a cultura ESG entre nossos públicos. Levando nossos produtos e serviços até as comunidades mais distantes, com objetivo de construir uma sociedade mais próspera e inclusiva. Sempre reforçando nosso modelo de atuação cooperativa e o compromisso do Sicredi em apoiar o desenvolvimento social e transformar a vida das pessoas”, conclui João Tavares, diretor presidente do Banco Cooperativo Sicredi.
O Relatório de Sustentabilidade 2021 do Sicredi teve como base as normas da GRI (Global Reporting Initiative) para reportar todo o desempenho em sustentabilidade realizado pela instituição. O documento de 2020 ficou com a segunda colocação no ranking Abrasca, que premia os melhores Relatórios de Sustentabilidade produzidos no Brasil.
Para conhecer o relatório na íntegra, acesse o link.
Empresas lideradas por mulheres
O Sicredi, captou internacionalmente US$ 100 milhões (cerca de R$ 500 milhões) para destinar a micro, pequenas e médias empresas brasileiras lideradas por mulheres. A iniciativa inclui o fator gênero como critério para o uso dos recursos.
Os recursos foram mobilizados pela International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, com participação do BNP Paribas e Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC). Esta é a primeira operação estruturada dos dois bancos comerciais com o Sicredi, e reforça o papel da IFC de atrair novos investidores e dar visibilidade ao mercado brasileiro para grupos financeiros internacionais. O Sicredi é cliente da IFC desde 2013 e esta é a sexta operação entre as duas instituições.
A linha de crédito será destinada a micro, pequenas e médias empresas com faturamento anual de até R$ 6 milhões e que tenham mulheres detendo mais de 50% do capital social do empreendimento. Os recursos estão disponíveis desde o final de abril.
“Esperamos que esta iniciativa impulsione muitas empresas lideradas por mulheres e também gere mais crescimento econômico para as suas comunidades de atuação. Iniciamos as captações temáticas com a IFC em 2021 e, agora, com esta segunda ação, damos sequência ao plano de captações internacionais para reforçar o nosso compromisso com a agenda ESG, neste caso, especialmente ligado ao desenvolvimento e empreendedorismo das mulheres brasileiras”, afirma Cesar Bochi, diretor executivo de Administração do Sicredi.
“Essa operação está alinhada com o objetivo estratégico da IFC de promover o crescimento econômico sustentável e inclusivo, ampliando o acesso ao crédito para pequenas empresas brasileiras lideradas por mulheres. Também estamos reforçando nosso papel de auxiliar a atração de investidores para o setor privado brasileiro, ampliando a base de relacionamento do Sicredi”, afirma Carlos Leiria Pinto, Gerente-geral da IFC no Brasil.
Participação em desafio global
Por meio dessa ação, o Sicredi contribui com o 2X Challenge – Finance for Women, desafio global lançado pelas instituições financeiras de desenvolvimento do G7 e que possui o objetivo de destinar recursos à geração de oportunidades de empreendedorismo e liderança a mulheres em países emergentes. A linha de crédito da instituição financeira cooperativa foi aprovada como elegível ao desafio, que busca destinar mais de USD 15 bilhões em novos financiamentos para as mulheres empreendedoras em 2021 e 2022.
Integrante do Pacto Global proposto pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), o Sicredi é comprometido com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Na operação de fomento ao empreendedorismo feminino está sendo atendido o objetivo número 5, que trata sobre Igualdade de Gênero.
Estímulo à energia solar
Em maio de 2021, o Sicredi firmou sua primeira captação com a IFC, em uma linha de crédito internacional de US$ 120 milhões para estimular projetos de energia solar dos associados da instituição em todo o Brasil. Foi a primeira operação de uma instituição financeira cooperativa brasileira a receber certificação emitida pela Climate Bonds Initiative (CBI), organização internacional que atua para promover investimentos na economia de baixo carbono. A iniciativa também detém certificação pelo Green Loan Principles (GLP), que atesta que os projetos oferecem benefícios ambientais claros e verificáveis e que os processos de avaliação e seleção, assim como a gestão dos recursos e o seu monitoramento, seguem padrões internacionais.