De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 2021, o País já contava com 803.9 mil instalações fotovoltaicas conectadas à rede. Ou seja, mais de 800 mil locais estão funcionando com energia solar. Só em 2021, foram 3.9GW de volume de energia adicionados. E muitos dos clientes usufruindo dessa fonte renovável e econômica de energia são empresas.
Para esse tipo de uso, um dos modelos mais procurados de contrato é o aluguel de usinas de energia solar. É o que afirma Lucas Cruz, engenheiro elétrico e CEO e fundador da Cruze, startup do Piauí com forte atuação no Nordeste e rápida expansão para todo o Brasil. “Para muitas empresas, alugar usinas é a opção mais assertiva para aderir a essa matriz energética”, explica.
As razões, de acordo com o especialista, são principalmente práticas. “A procura por energia solar significa que já existe algum conhecimento sobre as vantagens ambientais e econômicas, o que é ótimo”, afirma. “A escolha pelo aluguel de usinas ao invés da instalação própria é uma questão de praticidade e espaço físico. Nos dois casos, os benefícios se mantêm, mas algumas empresas não conseguiriam instalar e fazer a manutenção dos equipamentos necessários para gerar energia suficiente para suas atividades. As usinas resolvem essa questão”.
Um estudo da Greener aponta que, dentre os negócios que investiram em sistemas fotovoltaicos, a maioria está no varejo: 41%, sendo 29% concentrados em supermercados. O setor de serviços também aparece com 17%, seguido por serviços de saúde com 12%. De forma geral, são empresas que não costumam ter muito espaço ou orçamento disponível para instalações próprias. O aluguel faz sentido também para comerciantes que atuam em propriedades alugadas ou em prédios, sendo possível compartilhar os custos e a energia recebida em diversos pontos de contato.
Funciona assim: a usina fica em fazendas ou outra região ampla, utilizando milhares de placas fotovoltaicas para transformar a luz solar em energia, que é, então, enviada aos centros urbanos através de linhas de transmissão. Não há qualquer efeito negativo para o meio ambiente durante o processo, resultando em uma fonte de energia 100% limpa e renovável.
Por que energia solar?
Para quem não tem certeza se optar pela energia solar é uma boa ideia, Cruz traz alguns tópicos de interesse ao tema: “Há uma economia clara e imediata sem a necessidade de investimento inicial, observada principalmente em empresas, uma vez que o uso de energia é naturalmente maior do que em residências”, explica. “Estamos falando de uma economia que varia de 10% a 25% ao ano. É uma mudança que faz diferença no balanço anual”. Lucas também lembra que o preço do aluguel não sofre alterações com mudanças de bandeiras tarifárias, como acontece com a energia elétrica.
Outro ponto de atenção é a sustentabilidade, assunto em alta no mundo empresarial. Empreendedores que estão atentos em relação aos princípios ESG (Governança Social, Ambiental e Corporativa, em tradução livre) são mais valorizados pelo público, pela equipe e por investidores, além de aumentarem a lucratividade e melhorarem os resultados, de acordo com estudos diversos, como da consultoria BCG e do Itaú Asset. Considerando que a energia solar é 100% limpa, ela é a melhor opção de geração de energia disponível no mercado.
“A Agência Internacional de Energia [IEA] confirmou, em 2020, que os painéis fotovoltaicos produzem a energia mais barata do mundo. É a junção perfeita de economia com responsabilidade ambiental. Com os aluguéis de usinas, essas vantagens se unem à praticidade e se mostram ideais para praticamente qualquer empresa, principalmente as que consomem cerca de 10.000 kWh por mês ou mais. A diferença observada nessas situações será significativa”, finaliza o CEO.