Os métodos de lubrificação variam segundo o lubrificante e a finalidade do processo. Nesse contexto, os métodos são intimamente dependentes do tipo de lubrificante a ser empregado (óleo ou graxa), da viscosidade do lubrificante, da quantidade do lubrificante e do custo do dispositivo de lubrificação.
O sistema centralizado é uma das alternativas e busca “adequar e facilitar a lubrificação dos pontos espalhados pela fábrica, sendo capaz de lubrificar um elevado número de pontos, levando a quantidade exata de lubrificante e evitando o excesso ou a falta de lubrificante”, define Vitor Viana, da Unotech.
Há, também, lubrificação contínua e lubrificação periódica. A primeira ocorre “quando a máquina não tem um sistema que permita o armazenamento do lubrificante e sua circulação. Nesse caso, o lubrificante é sempre novo e se perde junto com a operação”, alerta Marcos Pacheco, químico da Quimatic Tapmatic, explicando que a lubrificação periódica “é quando existe esse sistema e, de tempos em tempos, o lubrificante deve ser trocado para repor o que foi dispersado e evitar que ele perca suas propriedades”.
E as definições sofrem variações – pequenas ou nem tanto – segundo o fabricante do fluido e o projeto do equipamento. Mas os entrevistados – inclusive Viana e Pacheco – são concordantes com uma terminologia que, por isso mesmo, pode ser tida como usual.
Para ter êxito na lubrificação industrial a escolha pelo lubrificante também merece atenção e, para determinar qual o melhor tipo de lubrificante para uma aplicação, “é preciso entender a situação atual: observe os fatores ambientais, de aplicação, como velocidade, temperatura, carga, vibração, umidade e poeira”, alerta Andrea de Oliveira Mendonça, técnica especialista em metalworking e lubrificantes da Homy Química, que ainda recomenda, entre outros aspectos, atenção ao ambiente de aplicação, principalmente se a operação ocorre em ambiente agressivo, com alta umidade, corrosão e temperaturas extremas.
- Gravidade: manual (almotolia), com copo ou vareta ou copo conta gota, eficiência questionável devido ao resultado não ser uniforme.
- Capilaridade: por esponja, por anel, eixo ou colar; copo com mecha, em que o lubrificante flui através de um pavio embebido no óleo; almofada, em que o lubrificante fica embebido em um tecido ou estopa.
- Por salpico: usual em motores, é feita por meio de pulverização das peças, sendo que o lubrificante fica em um reservatório.
- Por imersão: as peças a serem lubrificadas mergulham total ou parcialmente em um banho de óleo com o excesso sendo transferido a outras partes móveis por meio de ranhuras, contribuindo com a refrigeração da peça.
- Por sistema forçado: por perda e circulação, envolve bombeamento do lubrificante de um reservatório para as partes a serem lubrificadas.
- De graxas: aplicação centralizada manual por pincel ou espátula, por bomba manual, por copo stauffer, por enchimento.
- Centralizada para graxas ou para óleos: direcionada através de um reservatório para diversos pontos do equipamento, independentemente da localização.
- Automatizada: um dispositivo acoplado ao motor elétrico permite controlar o número de aplicação do lubrificante por hora efetiva de funcionamento do equipamento.