Iniciativa privada está otimista com desenvolvimento de infraestrutura rodoviária

Com a missão de contribuir para o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária do País, representando as concessionárias de rodovias associadas na busca da melhoria contínua do setor de forma sustentável em suas relações com a sociedade, visando ao reconhecimento do setor pela excelência e pela qualidade dos serviços prestado, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) – nas palavras de seu presidente-executivo, César Borges – vê com bons olhos os leilões previstos e entende que o capital direcionado a essas rodovias precisa ser visto como prioritário, com senso de urgência.

“Nosso país está carente de recursos públicos e necessitando de uma injeção urgente de investimentos para a geração de empregos. A alternativa que resta é a transferência das rodovias para a iniciativa privada, um modelo comprovadamente eficiente”, confidencia Borges, citando como consequência a movimentação da economia brasileira e o patrocínio à retomada de todos os setores, incluindo a indústria de máquinas e equipamentos, afinal, “quando o Ministério lança um programa de concessões tão ambicioso como esse, ele está convidando o setor privado a agir como parceiro. Por isso é importante estamos juntos – poder concedente, agência reguladora, órgãos de controle, congresso, judiciário e setor privado – para desatarmos os nós da infraestrutura brasileira, algo tão essencial para o crescimento do Brasil”.

“As vendas internas em 2018 já cresceram, atingindo 13.376 equipamentos e, para 2019, estimamos evolução de 30%. Essa perspectiva deve se cumprir, pois até setembro já haviam sido comercializadas 12.915 máquinas”

Alexandre Bernardes, diretor da CNH Industrial, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias (CSMR) da ABIMAQ e vice-presidente da Anfavea

Opinião semelhante é a de Alexandre Bernardes – que exerce as funções de diretor de Relações Institucionais e Governamentais da CNH Industrial, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias (CSMR) da ABIMAQ e vice-presidente da Associação Brasileiras de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para ele, “o governo federal vem se esforçando para retomar as obras, com concessões e leilões para aumentar a atividade da infraestrutura urbana e rodoviária, preparando um ambiente muito bom para rodovias e ferrovias em 2020, fruto da vontade do Ministro Tarcísio Gomes de Freitas, que tem passado essa confiança em ambiente nacional e internacional. O executivo estadual também está se movimentando, assim como o Exército Brasileiro, que responde por vários projetos e tem sido demandante de equipamentos”.

Distantes do ponto de equilíbrio e com ociosidade significativa, as indústrias de máquinas rodoviárias encontram-se em condições de rapidamente corresponder ao aquecimento da demanda. Mesmo assim, o otimismo – para o presidente da CSMR – permeia o setor como um todo, resultado do crescimento registrado em 2018 e das perspectivas para 2019. Sua posição está firmada em estatísticas e, para descrever o cenário, remonta a 2013, período em que a indústria de máquinas rodoviárias registrou grande crescimento, chegando a 29.723 máquinas, em decorrência do PAC Equipamentos (Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal), que ajudou as prefeituras e estimulou obras viárias e estradas rurais.

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“Em 2017, ao contrário, chegamos ao fundo do poço, com apenas 8.000 máquinas comercializadas”, resume Bernardes, explicando que, para manterem-se vivas, as indústrias buscaram outros segmentos, como o agronegócio que, na atualidade, consome 25% da produção de retroescavadeiras, motoniveladoras e pás carregadeiras de alguns fabricantes. As vendas internas em 2018 já cresceram, atingindo 13.376 equipamentos e, para 2019, estimamos evolução de 30%. Essa perspectiva deve se cumprir, pois até setembro já haviam sido comercializadas 12.915 máquinas”.