Foto em destaque: Produção de fosfato monoamônico no Complexo Industrial de Piaçaguera, em Cubatão (SP) – Foto: Agência Vale
O quadro atual pode ser grandemente alterado com o incremento do aproveitamento mineral, pois, devido ao potencial nacional para a produção de bens minerais, outras comodities poderão, no futuro, integrar a relação. Segundo Pires, um outro fator pode impactar o setor: o aprofundamento, literal, na busca por minérios. “A procura por depósitos minerais, no Brasil, é extremamente superficial e restrita a poucas regiões. São pouquíssimos os depósitos minerais descobertos no Brasil que estejam em profundidade, ou seja, a grande maioria das minas em operação tem expressão superficial. O subsolo brasileiro está praticamente inexplorado”, declara o coordenador de Projetos da Adimb.
Hoje, há 9.415 minas, majoritariamente micro e pequenas empresas (87%), 1.820 lavras garimpeiras, 13.250 licenciamentos (areia, cascalho e argila) e 830 complexos de águas minerais.
Agrominerais e remineralizadores de solos são outros segmentos da mineração que se encontram, segundo Pires, “em franco processo de expansão. Diversas empresas estão desenvolvendo projetos que podem, em parte, suprir as demandas da agricultura atualmente atendidas por fertilizantes importados. Considerando a grande diversidade de ambientes geológicos existente no País, o potencial é enorme e tem demandando grande esforço do Governo Federal, em especial do Serviço Geológico Nacional (CPRM) e da Embrapa”.
Em outras palavras, há muito a ser desenvolvido no setor de mineração pelas empresas que nele atuam. Ou seja, os números do setor serão positivamente impactados. Hoje, há 9.415 minas, majoritariamente micro e pequenas empresas (87%), 1.820 lavras garimpeiras, 13.250 licenciamentos (areia, cascalho e argila) e 830 complexos de águas minerais.
Para dar conta de toda a produção nacional, superior a 2 bilhões de ton/ano dos mais diversos materiais, o investimento é permanente. Estimativas do setor sinalizam a existência de projetos em andamento ou programados superiores a US$ 18 bilhões. Há, ainda, um número significativo de barragens de rejeitos a serem reintegradas ou descomissionadas nos próximos três anos, com investimentos bilionários. E, em seguindo as dicas listadas acima, o número de empresas e os resultados obtidos podem crescer significativamente.
Com vistas a contribuir com a realização de estudos estratégicos na exploração mineral, a Adimb lançou em agosto projeto colaborativo que visa a mostrar os depósitos econômicos de minerais metálicos. De acordo com o diretor-executivo da entidade – Prof. Dr. Roberto Perez Xavier – o objetivo é apoiar atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação e de capacitação de Recursos Humanos, mediante a seleção de pré-projetos em temas prioritários definidos pela Adimb e de interesse para a exploração mineral no Brasil. Desse modo, as atividades de pesquisa serão apoiadas mediante a seleção de propostas de pré-projetos para apoio financeiro, para estudos estratégicos na exploração a metais-base e preciosos em províncias metalogenéticas do Brasil, em especial em Alta Floresta e Tapajós.