ABIMAQ aponta aos candidatos o caminho para o desenvolvimento

A representatividade de uma instituição é diretamente proporcional às ações e às iniciativas em prol dos associados. E a ABIMAQ atende esse princípio, acompanhando atentamente o cenário brasileiro e internacional, estabelecendo parcerias e dedicando atenção especial às diversas instâncias governamentais e legislativas. A meta é abrir espaço para evolução e desenvolvimento do setor, e também impedir excessos resultantes do desconhecimento das peculiaridades e características da atividade vinculada à produção de máquinas e equipamentos, assim como das necessidades das 7.500 empresas representadas pela entidade.

As prioridades da indústria de máquinas e equipamentos estão sendo entregues aos pré-candidatos à Presidência

Cumprindo seu papel de portadora dos pleitos da indústria de máquinas e equipamentos, a ABIMAQ ouviu seus representados e elaborou uma agenda para a retomada do desenvolvimento brasileiro que vem sendo entregue aos pré-candidatos à Presidência da República no sentido de contribuir e sensibilizar esses políticos sobre os instrumentos efetivos para alcançar e manter um crescimento sustentado, tão almejado pela Nação que ainda está se recuperando de uma das piores crises de sua história. Trata-se de O Caminho para o Desenvolvimento – Uma proposta da Indústria Brasileira de Máquinas e Equipamentos.

Mais do que fazer a descrição da realidade do setor e das necessidades para a retomada da atividade, o documento reivindica redução nos impostos e simplificação do Sistema Tributário, taxa de juros compatível com o retorno das indústrias e câmbio capaz de assegurar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.

Atualidade

O documento se inicia com um diagnóstico do setor de máquinas e equipamentos, trazendo breve histórico da indústria no cenário econômico internacional e nacional. A definição do Brasil desejado é enfocado em capítulo denominado Os investimentos produtivos e em infraestrutura, apresentando e definindo o papel da indústria de bens de capital mecânicos e o desempenho dos investimentos em máquinas e equipamentos.

Reformas estruturais e inserção do Brasil no comércio global são temas tratados nos capítulos seguintes, como medidas prioritárias a serem adotadas visando a colocar a economia no caminho do desenvolvimento.

A linha traçada pela agenda definida pela ABIMAQ leva em consideração dualidade entre a posição do Brasil entre as dez principais economias mundiais e sua performance como exportador e importador de bens e serviços, quando aparece em 24ª e 22ª colocação, respectivamente. Essa dicotomia é fortalecida pela 8ª posição entre os principais produtores de máquinas e equipamentos e pelo fato de, em 2016, de acordo com dados do Banco Mundial, ter respondido por apenas 1,1% do total exportado pela indústria de máquinas e equipamentos.

Diagnóstico do setor, papel da indústria e desempenho dos investimentos: capítulos específicos

Este setor, mesmo tendo sofrido revezes sensíveis com a crise nacional – segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) replicadas no documento aos pré-candidatos à Presidência da República – paga para quase 300 mil funcionários empregados diretamente um salário médio anual 40% acima do salário médio da economia e 30% acima ao salário médio pago na indústria de máquinas e equipamentos. É, ainda, responsável por mais de dois milhões de empregos mantidos nos setores induzidos pela sua demanda.

Além disso, as empresas de máquinas e equipamentos, em 2012, faturaram mais de R$ 120 bilhões, dos quais US$ 11 bilhões (ou R$ 21 bilhões) foram exportados. Em 2017, no entanto, o quadro mudou: o faturamento caiu para cerca de R$ 70 bilhões, dos quais R$ 40 bilhões se destinaram ao mercado interno e US$ 9 bilhões (ou R$ 30 bilhões) à exportação.

Futuro

Ao descrever o Brasil que queremos, a agenda da ABIMAQ para os presidenciáveis reforça a imprescindibilidade da participação da indústria de máquinas e equipamentos no PIB e dos serviços sofisticados por ela demandados no aumento da produtividade do Brasil, cobrando ampliação significativa dos investimentos em infraestrutura e na indústria.

Lembra, ainda, a importância da criação de um ambiente adequado para a indústria poder crescer e simultaneamente se modernizar, tendo em vista o novo paradigma da manufatura avançada. A necessidade de saneamento das contas públicas com a retomada da capacidade de investimento do Estado, somado à melhoria do ambiente de negócios decorrente da reforma tributária, de maior segurança jurídica, da forte redução dos spreads bancários é reforçada, assim como a eliminação progressiva do “Custo Brasil”, tornando possível o crescimento sustentado do PIB, com distribuição de renda e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

É fundamental a criação de ambiente adequado ao crescimento e à modernização da indústria nacional

E mais: para que ocorra a necessária abertura comercial lembra a importância de uma política coordenada, que combata as assimetrias de mercado, assegurando a isonomia produtiva e a competividade industrial nos mercados nacional e internacional.

Os caminhos para equacionamento desses pontos são apresentados no capítulo das Medidas Prioritárias para o Desenvolvimento e passam, por exemplo, pela inserção do País nas Cadeias Globais de Valor (CGVs) a partir de uma abertura comercial não-ideológica nem realizada de maneira ingênua, mas fundamentada em uma política coordenada e a serviço de uma estratégia de posicionamento nos elos mais lucrativos e elevados da economia mundial.

Para melhorar o ambiente para as empresas de máquinas e equipamentos, condição necessária para retomada de um crescimento sustentado a taxas iguais ou maiores do que a média mundial, o documento cobra Reformas Estruturais nos campos tributário, fiscal, previdenciário, monetário e cambial.

Já no que diz respeito às reivindicações, o documento prioriza medidas em política industrial, como manufatura avançada, política de inovação e tecnologia, financiamento às vendas no mercado interno e às exportações. Lista, também, entre as prioridades, a inserção do Brasil no comércio global, via estabelecimento de acordos comerciais, revisão da estrutura tarifária, defesa comercial e desenvolvimento de uma cultura exportadora.