Por Ingo Pelikan e Alexandre Xavier*
A forma mais consagrada globalmente para o consumidor identificar se produtos – independentemente do setor da economia – atendem a qualidade mínima, com referência em legislações e normas técnicas, é a chamada certificação da qualidade, cuja relevância é grande para todos, inclusive, em cenários adversos como o de pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Para o IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, a importância da certificação não diminui neste momento, pelo contrário. A lógica de cada organização deve ser como manter as certificações dentro das condições necessárias, em alinhamento com as medidas recomendadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para conter a propagação do vírus.
A certificação representa para o consumidor a garantia de segurança e qualidade e para a empresa o compromisso com a responsabilidade social e a preservação do meio ambiente, associados ao senso de preparação para o momento de retomada que, com certeza, virá com força, como normalmente ocorre depois de toda crise mais pesada.
Se realizada de maneira adequada por parte de um organismo de certificação competente e autorizado pelo órgão regulador do produto em questão, a certificação da qualidade assegura ao consumidor o direito inerente de usufruir de um produto que possui controle perceptível ou não nas áreas de saúde e segurança direta e de terceiros.
Dessa maneira, a certificação deve ser objetivo prioritário de todos os países para o bem estar da sociedade, uma vez que é medida direta para o desenvolvimento e a força de uma nação na economia, o que influencia a qualificação dos profissionais, a competência das organizações e os níveis de fiscalização e controle aplicados, assim como a própria consciência do consumidor.
Está em desenvolvimento no Brasil um novo modelo regulatório. Caso desenvolvido de forma adequada, com a participação do governo, indústrias, comércio e serviços – incluindo os organismos de certificação, o novo modelo trará grandes avanços ao País com a modernização necessária para a ampliação da competitividade das organizações.
* Ingo Pelikan é presidente do IQA – Instituto da
Qualidade Automotiva e gerente sênior de Gerenciamento de Fornecedores da
Mercedes-Benz; e Alexandre Xavier é superintendente do IQA