Funcionário realizando medição de óleo solúvel na indústria

A conservação do óleo solúvel da usinagem em períodos de menor produtividade requer cuidados

O novo coronavírus vem levando muitas indústrias a reduzirem ou até mesmo pararem a usinagem. A fabricante de especialidades químicas Quimatic Tapmatic alerta que o momento exige a adoção de cuidados extras para a conservação do óleo solúvel sem perda de qualidade, afinal, o fluido irá ficar mais tempo parado no reservatório das máquinas, amplificando as chances de  deterioração.

“Quando parado ou sem a devida reposição de concentrado, o óleo solúvel fica sujeito à ação de micro-organismos e pode se estragar prematuramente, causando mais prejuízos às indústrias”, enfatiza Marcos Pacheco, químico da Quimatic Tapmatic.

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De acordo com o profissional, o óleo solúvel deteriorado pode gerar uma série de problemas, como: mau cheiro no ambiente de trabalho (ambiente insalubre); riscos para a saúde dos operadores (como irritação das vias respiratórias e também na pele); corrosão e desgaste nas máquinas de usinagem, assim como falhas na produção de peças.

Por isso, para evitar estes riscos, a única solução é proteger o produto, reduzindo as chances de contaminação, “basta tratar de maneira preventiva a emulsão antes de parar ou reduzir o volume de produção. Depois, no retorno ao ritmo de atividades normal, deve-se complementar os cuidados”, resume Pacheco.

Dessa forma, pensando em facilitar o trabalho dos profissionais responsáveis pelo óleo solúvel nas indústrias, a Quimatic Tapmatic disponibiliza vídeo com dicas. Assim como uma ficha de controle que permite a inserção de todos os dados importantes para verificação e histórico da solução.

Como manter a qualidade?

  • 1. Em primeiro lugar, antes da parada ou redução do ritmo das máquinas, é recomendável avaliar o estado atual do óleo solúvel, através da determinação do pH (potencial de hidrogênio) da solução.
  • 2. Em alguns casos, uma simples manutenção – com aplicação de dose extra de preservante e alcalinizante – será o suficiente para manter as propriedades corretas até a data de retorno.
  • 3. No retorno ao ritmo normal de atividades, os cuidados devem prosseguir, com uma nova checagem das propriedades do produto.  Estes cuidados consistem em verificar de novo o pH, além de conferir a taxa de diluição (Brix), corrigir a emulsão caso a mesma apresente algum desvio e remover o tramp oil. É importante que o tramp oil seja constantemente removido da solução. Existem no mercado equipamentos próprios para esta remoção, como o “skimmer” de disco ou correia.

O que fazer se o óleo solúvel deteriorar?

Se os cuidados não forem realizados da forma correta – ou se não ocorrerem – de fato existe um grande risco do óleo solúvel já estar deteriorado na hora do retorno às atividades.

Neste caso, será necessário trocar a solução, realizando antes uma boa limpeza no reservatório e na máquina. Esta limpeza deve ser feita com um desengraxante industrial, como o desengraxante à base de água Quimatic ED SOLV, e um bactericida, como o Limpomaq.

Entretanto é preciso atenção nesta etapa: não adianta apenas remover o produto contaminado e colocar óleo novo no lugar (sem fazer a devida limpeza). Afinal, os micro-organismos ainda presentes no sistema voltarão a contaminar a solução, levando à rápida perda de todo o volume reposto. Por isso é preciso realmente efetuar a troca de todo o óleo solúvel.

A importância do óleo solúvel bem conservado

Em resumo, um óleo solúvel bem conservado e de alta qualidade minimiza o atrito e o calor gerados nos processos de usinagem e corte de metais.

Além disso, uma boa emulsão garante: Melhor resistência ao apodrecimento; maior proteção contra o desgaste excessivo de ferramentas; Maior qualidade das peças, evitando que mesmas apresentem acabamento inadequado, alterações dimensionais ou cores indesejadas (devido à queima); e Maior estabilidade na usinagem (reduz a vibração, nível de ruídos e danos na máquina ao evitar atrito e calor excessivos).