Inaugurado em 2008, dentro da planta da NSK em Suzano, Grande São Paulo o Centro Tecnológico Brasileiro (BTC – Brazilian Technology Center), o primeiro da NSK na América Latina e o 14º entre os 16 espalhados nas unidades da NSK pelo mundo. Antes de sua criação, os testes para a homologação dos rolamentos no País eram realizados na sede da empresa, no Japão. Com 1.350 m² de área, conta com salas para ensaios de fadiga, inspeção de rolamentos e análises de falhas, avaliação de produtos de precisão com temperatura controlada, assim como câmara semi-anecóica para medição de ruído e salas de treinamento com programação variada e periódica de cursos para profissionais e técnicos do setor, por onde já passaram aproximadamente 4000 pessoas.
O BTC é composto por modernos equipamentos que permitem à NSK realizar análises de metrologia, tribologia e metalografia, análise química de materiais e de lubrificantes, além de ser capacitado tecnicamente com equipamentos de testes para homologar os rolamentos e, desta forma, atender as mais exigentes demandas das montadoras e da indústria. Desse modo, oferece suporte técnico para análise de falha de rolamentos e realização de testes de homologação de produtos dos setores industrial e automotivo, experimentos que atestam a confiabilidade de uma determinada aplicação nesses setores.
“Entre os testes voltados à cadeia automotiva, temos equipamentos desenvolvidos especialmente para simular condições de rodagem e as variáveis que interferem no desempenho dos rolamentos, como temperatura, rotação, cargas, desalinhamentos e contaminação. Com os equipamentos do BTC conseguimos avaliar e homologar rolamentos para as principais aplicações, como por exemplo, rodas, transmissões e componentes do motor, como alternadores e polias”, explica Ricardo Hashimoto, diretor de Engenharia da NSK Brasil..
O Centro Tecnológico Brasileiro da NSK também faz ensaios laboratoriais de metrologia, análise química do lubrificante e propriedades mecânicas do aço. “Outro equipamento essencial para a nossa área de Engenharia é o MEV (Microscópio Eletrônico de Varredura), que possui alta capacidade de ampliação em até 1 milhão de vezes, o que permite uma avaliação detalhada e precisa da superfície dos materiais, contribuindo na investigação de fraturas e detecção de impurezas”, descreve o diretor.
Além do MEV, o BTC ainda conta com vários outros equipamentos de alta tecnologia que auxiliam nas análises de lubrificantes e materiais, como o infravermelho, espectroscopia dispersiva por Raio-X (EDX), Karl Fischer, contador de partículas, tridimensional óptica, microscopia óptica, entre outros. Saiba mais em https://www.nsk.com.br/centro-de-pesquisa-e-desenvolvimento-146.htm.
Ao longo desses anos, “temos vários casos de sucesso e orgulho, mas um dos principais foi o desenvolvimento de duas bancadas de ensaios para validar componentes aplicados em correias transportadoras de minérios. A precisão e a eficácia dos resultados foram tão grandes que acabaram originando duas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cobrindo, assim, uma grande necessidade de fabricantes e clientes que
buscavam meios de normatizar este tipo de aplicação”, lembra Hashimoto, comentando que “os testes realizados pelo BTC originaram a construção de normas técnicas (ABNT NBR 16139 – Teste Rolo de Carga e ABNT NBR 16169 – Teste Tanque de Lama, ambas para o segmento de mineração) e na homologação de produtos para atender aos clientes. Além disso, em 2010, foi criado um time multidisciplinar entre NSK, um Cliente de Bombas Centrífugas e uma empresa parceira em lubrificação por Oil Mist para projetar uma bancada de teste específica para homologar uma tecnologia de rolamentos de contato angular para atender os requisitos da norma API (American Petroleum Institute). Esta mesma bancada de teste também foi utilizada por uma empresa petroleira nacional para desenvolver um sistema de selo mecânico”.