No período de 29 de junho a 5 de julho, a demanda por transportes rodoviários de cargas no Brasil voltou a melhorar, atingindo o maior nível desde o final de março e se aproximando dos resultados que antecederam uma queda brusca em função da pandemia de coronavírus, segundo pesquisa divulgada em 7 de julho pelo Departamento de Custos Operacionais (Decope) da NTC&Logística.
Em percentuais, o resultado da apuração mostra que a demanda terminou a semana com variação negativa de 30,42% em relação aos níveis pré-pandemia, melhor resultado desde a semana de 24 a 29 de março –quando teve baixa de 26,9%, semana em que antecedeu forte derrocada que, por sua vez, atingiu seu ápice em meados de abril, em meio às medidas de isolamento social para contenção da Covid-19, quando a demanda bateu variação negativa de 45,2%.
Na comparação com a semana anterior, de junho, o índice atual teve melhora de 3,5 pontos percentuais. Os resultados foram impulsionados por uma alta significativa na demanda por cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes.
Além do resultado positivo para a demanda, o percentual de empresas do setor que apresentaram queda de faturamento durante a crise sanitária e econômica voltou a cair para 88%, ante 91% na semana anterior.
O levantamento é realizado pela NTC&Logística desde meados de março, quando as medidas restritivas começaram a ter efeito mais drástico na economia. Nesse período, o percentual de empresas com queda de faturamento chegou a atingir 94% em abril.
Na pesquisa apresentada pelo Decope para cargas fracionadas, houve uma forte melhora de pouco mais de 7,5 pontos na comparação semanal, atingindo variação negativa de 23,56% frente aos níveis pré-pandemia.
Já para cargas lotação, que ocupam toda a capacidade dos veículos e são utilizadas principalmente nas áreas industriais e agrícolas, a retração chegou a 34,34% na semana, ante 36,27% na semana anterior.
A NTC&Logística continua acompanhando de perto a situação do setor e manterá seu acompanhamento até que as medidas de isolamento social estejam finalizadas em sua totalidade nas principais regiões do país.