Pelo segundo ano consecutivo a Pollux vence o Prêmio da Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII) com o projeto “Logística 4.0” desenvolvido para a Florisa, indústria de tinturaria de Brusque (SC). A escolha do grande vencedor de 2020 ocorreu durante o 12º Encontro Nacional ABII, realizado nos dias 24 e 25 de novembro, de forma totalmente virtual. O objetivo do prêmio é apresentar ao público o que está acontecendo na prática e o que está resolvendo as dores dos negócios e acelerando a adoção da IIoT e indústria 4.0 no Brasil.
A Pollux foi uma das quatro finalistas do prêmio ao lado de empresas como a Nidec Global Appliance, que concorreu com o projeto “Monitoramento online e preditivo de motores elétricos”; a Macnina DHW com o projeto “Controle de aterramentos temporários: tecnologia IoT aplicada para redução da falha humana”; e a Termica Solutions e a Hedro com o projeto “Termoline: monitoramento contínuo da temperatura de pessoas”. O diretor de desenvolvimento de negócios da Pollux, Ricardo Gonçalves, foi quem apresentou o projeto na etapa final do prêmio.
O case da Pollux mostrou os desafios da implantação do projeto de logística 4.0 na Florisa. Um projeto, marcado pelo pioneirismo: a Florisa tem a primeira solução do tipo em indústrias têxteis. Hoje, a empresa com sede em Brusque (SC), tem 5 robôs móveis autônomos com capacidade de 1 tonelada cada para atuar em um armazém de 5 andares integrados com 4 elevadores e gaiolas com RFID, além da conexão com softwares de gestão para o controle de todo o processo. São 450 posições de recebimento e 3000 posições de armazenamento de tecidos.
Com a utilização de uma série de tecnologias da indústria 4.0 (como a conectividade e integração de sistemas, robótica, IIoT, cyber-segurança, nuvem, big data, analytics) foi possível desenvolver uma solução que trouxe ganhos para a produção, mais assertividade na linha, menos tempo de execução, mais dados e análises e menos erros no processo de produção. O objetivo da Florisa era aumentar a capacidade de tingimento de tecidos, mas com o processo manual de entrada e saída de materiais havia perdas, retrabalho e custo alto.
Inicialmente, a ideia era sair de uma produção de 90 toneladas/dia para 160 toneladas/dia. Com o projeto rodando, foi possível chegar a 200 toneladas/dia, um aumento de 122% do que estava previsto no projeto. Com o monitoramento remoto feito pela Pollux, ainda devem ocorrer outros ganhos com o passar do tempo e a Florisa deve aumentar seu diferencial competitivo no mercado. A cadeia de clientes também tem ganhos de competitividade, já que o acesso para pedidos, agendamento de entrega e produção estão totalmente integrados e muito mais simples de serem feitos.
Além do pioneirismo, tornando-se uma empresa referência em indústria 4.0 no Brasil; o aumento da produtividade – que inclusive, é escalável, caso sejam colocados novos robôs móveis autônomos no processo -; e a expectativa de operação superada, outros resultados também foram obtidos. Pode-se destacar: a acuracidade (contactless com o produto e com isso mais eficiência no processo de entrada e saída); o engajamento interno (com colaboradores trabalhando em conjunto com a nova tecnologia e desenvolvendo novas habilidades estratégicas); e a redução de erros operacionais (os erros foram eliminados já que o processo foi automatizado e é totalmente controlado).
Confira o videocase da Florisa:
Prêmio ABII teve recorde de inscritos em 2020
Em 2020 a Associação Brasileira de Internet Industrial teve um recorde de projetos inscritos no Prêmio ABII: foram 13 projetos de 9 empresas. Na primeira etapa, os projetos foram avaliados por uma curadoria especializada, formada por diretores e ex-diretores da associação. Luiz Gonzaga Trabasso, pesquisador chefe do Instituto Senai de Inovação em Sistemas de Manufatura e Processamento a Laser de Joinville e professor da divisão de engenharia mecânica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); e Marcelo Gramigna, Product Manager do segmento manufatura da TOTVS representaram a atual diretoria.
André Zanatta, gerente de tecnologia e inovação do Centro de Inovação e Tecnologia Senai/FIEMG; Luciano Lopes, Head of Support Latin America na Endurance International Group; e Rogério Morrone, CEO e consultor da RR Morrone Consulting formaram o time de ex-diretores da ABII. Os projetos inscritos apresentaram cases ou conceitos com aplicações de sucesso e insucesso relacionados a indústria 4.0 e a IIoT.
Com a escolha dos quatro cases finalistas, as empresas tiveram um tempo de 10 minutos para apresentar os projetos durante o 12º Encontro Nacional ABII. Uma banca de jurados externos fez a avaliação com base em critérios pré-estabelecidos. Foram jurados externos: Renate Fuchs, Associate Director Industry X Latam da Accenture; Rafaella de Brida, Automation Senior Engineer da Tigre; e Paulo Curado, diretor de inovação do CPQD. E uma novidade na premiação deste ano é que as empresas associadas da ABII também votaram durante o evento e os votos tiveram peso de um voto na contagem final.
Confira a apresentação do case no Prêmio ABII (inicia em 1h34min):
Relembre o case vencedor do Prêmio ABII 2019
O case vencedor do Prêmio ABII 2019 foi uma linha de e-commerce 4.0 para preparação de pedidos customizados, desenvolvido pela Pollux em parceria com a Nestlé – Nescafé Dolce Gusto. O diretor de desenvolvimento de negócios da Pollux, Ricardo Gonçalves, que também foi o apresentador do case naquele evento, reforçou que o projeto conseguiu unir uma realidade de mercado com tecnologia.
Muitas empresas olham para a indústria 4.0 sob a ótica de aumentar a produtividade apenas. Porém, existe uma outra linha da indústria 4.0 que é saber como usar as tecnologias para criar uma experiência diferenciada ao consumidor final, e criar uma vantagem competitiva do ponto de vista de oferta de produto no mercado. O projeto da Pollux colocou a tecnologia a favor deste cenário.
Nesta nova experiência, o consumidor entra no site e pode escolher quantos sabores diferentes ele quiser de café e colocar na sua caixa – tanto que o sistema foi batizado de “Do Seu Jeito”. Quando o consumidor faz a compra, a informação chega ao sistema Pollux, que faz todo o sequenciamento do pedido dentro da linha de produção. Foi a primeira planta do mundo da Nestlé a atender esta experiência customizada do consumo de café.
Foram utilizadas várias tecnologias 4.0 para desenvolver o projeto, como: conectividade das máquinas, big data, robotização. A Nestlé entendia a necessidade dos consumidor, mas não tinha o como mudar, pois não era comum no mercado um alto nível de customização em volume. A Pollux entrou com a solução, que demorou cerca de dois anos para ser desenvolvida e foi lançada oficialmente em outubro de 2018.