Entrando na onda dos preceitos 4.0, o setor de movimentação avança rapidamente na automação como forma de ganhar agilidade, reduzir custos, potencializar a flexibilidade, gerir rápida e seguramente os recursos. A digitalização e a robotização caminham paralelamente a essa tendência, “como alternativa futura para atingir metas e continuar competitiva no mercado de e-commerce, principalmente”, comenta André Abrami, ao destacar a digitalização dos centros de distribuição como mercado crescente: “No Brasil, o movimento é recente, já poderia ter acontecido há dez anos, mas a pandemia fez o mercado acordar”.
Os preceitos da Industria 4.0 ou Smart Industry estão cada vez mais próximos, e os veículos autônomos – LGV, AGV, AMR, que são robôs móveis – estão diretamente envolvidos e totalmente interconectados às soluções de gestão da empresa. Automni e Selletra são empresas implementadoras de tecnologias habilitadoras da Industria 4.0, atuam nessa atividade, desenvolvendo, fabricando e implementando carros autônomos para movimentação de produtos, servindo processos industriais e intralogísticos.
Nesse campo – prevê Gularte – “a tendencia é processos colaborativos e integrados entre homens e máquinas. Cada vez mais os processos que oferecem algum risco às pessoas e são repetitivos, imitando robôs, serão oportunizados para máquinas com sistemas inteligentes a bordo, com grande integração às ações gerenciadas pelo ser humano. Processos totalmente manuais, sem uso de tecnologias que melhorem a performance das empresas ou totalmente autônomos, somente serão viáveis em processos de alto valor agregado”.
Com a atenção voltada às novidades, em 2019, a Paletrans, em parceria com a Translift – duas empresas focadas em empilhadeiras –, lançou seus primeiros modelos de AGV, com operação totalmente automatizada, sem operador. Os resultados obtidos dão a Matheus M. Delagostini – Head de Marketing da Paletrans – a convicção de que “esse nicho ainda está numa fase bastante conceitual em nosso mercado, que possui mão de obra barata e abundante”, daí o entendimento de que a utilização desses equipamentos dar-se-á apenas após “termos popularizado o lítio”, prevê.
A estimativa de Delagostini fundamenta-se na experiência em andamento. “A Paletrans passou a oferecer as baterias de lítio neste ano de 2021, com vendas exclusivamente via rede de distribuidores autorizados. Conseguimos sentir demanda muito crescente por essa nova tecnologia por intermédio de nossos distribuidores, principalmente aqueles que são frotistas de locadores, uma vez que a vida útil das bateias de chumbo-ácido é praticamente metade da vida dos equipamentos, ou seja, sempre será feita no mínimo uma troca de jogo de baterias antes de substituir a máquina”.