Conceito cada vez mais difundido na indústria global, o Environmental, Social and Corporate Governance (ESG) tem a simulação computacional como forte aliada. São muitos os motivos que levam empresas a se preocuparem com critérios ambientais, sociais e parâmetros de boa governança corporativa. Normas e regulações ambientais, equipamentos limpos e menos poluentes, que gastam menos água e energia, são alguns deles. Para desenhar ferramentas e processos que se encaixem e obedeçam essas normas, a indústria faz uma série de atividades focadas em eficiência energética, garantindo a sobrevivência das atividades industriais a longo prazo.
Para a engenheira Bianca Teixeira, que há nove anos trabalha com Fluidodinâmica Computacional na ESSS, o impacto da eficiência energética vai além. “Há uma demanda crescente por produtos verdes, que justamente vão em encontro dessas normas e também impactam menos o meio ambiente. Grandes empresas ao redor do globo estão buscando a criação de valor através da inovação de seus produtos e processos. Entre elas, estão a demanda do cliente por produtos mais sustentáveis, fabricados respeitando as normas ambientais, com processos limpos e não poluentes, assim como a inovação de processos para a redução de custos, desperdícios e tempo de produção até o mercado”, afirma Teixeira.
Com a inovação, há também um aumento na complexidade nos processos e nas opções de design da indústria. É aqui que entra a simulação computacional: ela é uma das principais ferramentas de projetos e de melhorias que cada vez mais permitem estudos sobre essa complexidade envolvendo produtos e processos. “Através da simulação, conseguimos reduzir testes físicos e fazer vários protótipos virtuais, de maneira a chegar realmente numa configuração que seja a mais eficiente possível. Isso tudo com custo bem menos elevado, uma vez que não há necessidade de experimentos físicos, e sim virtuais. Ao final dos processos com simulação, a implementação de melhorias é mais eficiente e também traz redução de custos e consumo energético de uma forma geral”, conclui.
Empresas de grande e pequeno portes podem se beneficiar com a simulação computacional. Um exemplo é a catarinense WEG Motores, que com a ajuda da multinacional brasileira ESSS, reduziu o tempo de cálculo das simulações dos motores de indução em 70 vezes, representando um impacto grande em termos financeiros no processo de forma geral.
“Não temos como seguir consumindo recursos materiais, naturais e energéticos, da mesma forma que consumíamos antes. O ESG é um ótimo exemplo, pois já nos demos conta disso. É possível e necessário mudar a eficiência das coisas. Ao mudar a eficiência das coisas, também mudamos hábitos. A tecnologia vai permitir sermos mais eficiente em todos os sentidos, e isso vai impactar nosso estilo de vida e materializar o conceito de como ser mais sustentável”, afirma Clovis Maliska, CEO da ESSS.
Outra empresa que desponta nesse cenário é a Ansys, uma das maiores desenvolvedoras do mundo e parceira da ESSS. Ela disponibiliza a Workbench Plataform, uma ferramenta que permite inovações mais rápidas e melhores de produtos e processos industriais. Ela permite a realização de simulações de protótipos de maneira multifísica, considerando toda a complexidade do produto, chegando na melhor versão do projeto. Além disso, viabiliza trabalhar toda a parte de gerenciamento de dados com digital twins e simulação na nuvem.