Se o agronegócio brasileiro é hoje uma potência mundial, isso se deve justamente ao investimento em tecnologia, que tem sido cada vez maior por parte dos produtores rurais. Uma pesquisa feita em parceria entre a Embrapa, o Sebrae e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que 84% dos agricultores brasileiros já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção. O estudo foi realizado entre abril e junho de 2020 e contou com 750 participantes entre produtores rurais, empresas e prestadores de serviços.
De acordo com José Henrique Castro Gross, gerente corporativo de agricultura de precisão da Pivot Máquinas Agrícolas e Irrigação, marca líder no Brasil em sistemas de pivôs centrais, o grande diferencial tecnológico no campo é a possibilidade de conectividade entre as soluções digitais de gestão e as tecnologias embarcadas nos modernos maquinários agrícolas e de irrigação.
“Além dos equipamentos de irrigação e maquinário agrícolas (tratores, colheitadeiras, pulverizadores), hoje nós também oferecemos várias soluções digitais que auxiliam o produtor rural na gestão da fazenda, especialmente no que diz respeito ao plantio, colheita e pulverização de defensivos e nutrientes”, explica o gerente da Pivot.
Entre as soluções disponíveis oferecidas pela Pivot, José Henrique cita duas plataformas digitais exclusivas da marca no Brasil: a Fieldnet fornecida pela Lindsay, empresa líder mundial em tecnologias de irrigação; e a AFS Connect, da Case IH, outra marca líder no desenvolvimento de maquinário agrícola e tecnologias para o campo.
“Essas plataformas, que estão disponíveis para sistemas operacionais de qualquer smartphone ou tablet, oferecem inúmeras ferramentas digitais voltadas para a gestão da propriedade rural, em especial para planejamento de plantio e colheita e manutenção de produtividade e de maquinário agrícolas, e podem ser adquiridas por qualquer produtor rural, mesmo aqueles que não são usuários de equipamentos comercializados pela Pivot”, afirma José Henrique.
Entre os recursos disponíveis por essas plataformas existem as ferramentas de monitoramento meteorológicos que possibilitam um planejamento cada vez mais preciso da safra de variadas culturas. “Hoje temos equipamentos de irrigação, por exemplo, que funcionam integrados a plataformas digitais de monitoramento meteorológico, possibilitando previsões climáticas para daqui 10, 15 ou 20 dias. Isso é determinante para a definição da melhor data do plantio, do planejamento de suas colheitas e distribuição”, destaca o gerente de agricultura de precisão da Pivot.
Irrigação digital Só a Pivot tem instalados cerca de 1.200 pivôs conectados 24 horas com a internet. Isso permite um controle total do sistema, seja para a operacionalização, ou monitoramento do que está sendo produzido na área irrigada ou do quanto está sendo gasto de água e energia. Todo esse controle pode ser feito de forma 100% remota, seja de um computador, smartphone ou tablet.
“É possível, através das ferramentas que temos, ajustar remotamente a pressão e vazão do sistema. Emitir, a qualquer momento, relatórios personalizados sobre os gatos de energia e de água, o que é importante para atender os requisitos de conformidade legal, que muitas vezes são exigidos numa propriedade, especialmente em relação ao bombeamento de água”, explica José Henrique ao falar sobre o Fieldnet.
De acordo com o gerente da Pivot, uma das grandes vantagens dessas soluções digitais voltadas para o campo é que a maioria está preparada com interface e conectividade com as várias tecnologias embarcadas nos maquinários. “As tecnologias presentes nos maquinários agrícolas modernos conseguem, por exemplo, monitorar produtividade, condições meteorológicas e do solo. Por isso hoje, praticamente 100% dos equipamentos da Case IH, marca com a qual trabalhamos, já vem com alguma tecnologia digital embarcada”, salienta o gerente de agricultura de precisão.
AcessívelA tecnologia no campo é bastante acessível, segundo José Henrique. Qualquer produtor, do pequeno ao grande, pode investir e aumentar a rentabilidade. “Hoje, essas tecnologias são buscadas por clientes de pequeno, médio ou grande, até pela enorme variedade disponível de soluções tecnológicas. Na verdade, o pequeno e o médio produtor tem até usado mais a tecnologia, pelo fato de muitas vezes não poderem contratar tantos colaboradores e a necessidade de produzir mais numa área menor”, avalia José Henrique.