ABIMAQ representa setor e máquinas e equipamentos para mineração

A expressividade da mineração para o setor de máquinas e equipamentos representado pela ABIMAQ reflete-se nos fóruns especializados existentes na Entidade. Além de um Conselho de Mercado de Metalurgia e Mineração, há três câmaras setoriais nas quais as indústrias reunidas – nacionais, multinacionais e dos mais diversos portes – têm a mineração como um dos seus principais clientes: Câmara Setorial de Cimento e Mineração (CSCM), Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias (CSMR) e Câmara Setorial de Projetos e Equipamentos Pesados (CSPEP).

Rodrigo C. Franceschini – presidente CSCM – assegura a relevância da mineração para as fabricantes de máquinas e equipamentos e o impacto dos resultados das mineradoras nas indústrias: “Via de regra, a mineração requer quantidade muito grande de equipamentos, normalmente de médio e grande portes, assim como grande conteúdo de tecnologia e inovação. Os desafios na indústria de mineração são grandes, e por conseguinte, proporcionalmente, geram oportunidades de desenvolvimento para as indústrias de máquinas e equipamentos”.

O bom desempenho apresentado pelo setor de mineração deriva do crescimento da China, da alta dos preços no mercado internacional, e da desvalorização do real – explica Wagner Setti, presidente da CSPEP – comemorando o fato de que esse cenário “tem trazido boas oportunidades aos associados de participação nos projetos e fornecimentos de maquinas e equipamentos pesados, com aumento de pedidos e projetos em carteira, com reflexos no aumento de contratação de mão de obra especializada para projetos, produção e startup e comissionamento”.

Massami Murakami, vice-presidente da CSMR, quantifica o peso da mineração para as associadas dessa câmara: “No âmbito da ABIMAQ, a segmentação do mercado de máquinas rodoviárias coloca a construção civil em primeiro lugar, com quase 30%, seguida de agricultura e locação, com cerca de 25%, com a mineração participando com 10% do resultado e os demais 35% originando-se do atendimento a licitações públicas, da indústria em geral e do segmento florestal”.

Independentemente do setor em que atua, as indústrias associadas à CSMR demonstram preocupação com a redução de poluentes e emissões e – comenta Murakami – “cada empesa tem os seus objetivos mais ou menos ambiciosos”.

Setti frisa que a CSPEP, por sua vez, congrega ao redor de 100 indústrias que detêm tecnologia de processo, de projeto de grandes instalações e de fabricação de equipamentos “pesados” sob encomenda para diversas áreas, incluindo mineração. Essas empresas somam décadas de experiência em processo e evolução tecnológica constante, realizando investimento maciço em P&DI, direcionado a máquinas com maior produtividade, inovação, IoT, eficiência energética e indústria 4.0.

Esses investimentos das indústrias contribuem substancialmente para o sucesso da atividade de extração e processamento de minérios, afinal, a mineração abrange muito mais do que a mina propriamente dita, ela se difunde e se expande para muitas outras atividades em que há necessidade de equipamentos, particularmente processos de manuseio e transporte, beneficiamento e enriquecimento mineral, tratamento de efluentes e rejeitos, recomposição da lavra ou mina, entre vários outros. “Podemos dizer que não há mineração moderna, sem ganhos de produtividade e sem máquinas e equipamentos”, resume Franceschini.