A locação é um caminho sem volta no segmento metalmecânico, enfatiza Urtado, e justifica: “Em um mercado com incertezas, esse modelo de negócios torna-se importante para assegurar a utilização de máquinas com tecnologias atuais, sem que a empresa necessite fazer o investimento com perspectivas de retorno longo”. De acordo com o executivo, a empresa conta com parceiros comerciais que atendem esse modelo de negócio em âmbito nacional.
O aluguel de máquinas – “modelo de sucesso e que era comum na construção civil”, segundo Garcia – “ chegou com força ao setor de máquinas e está se ajustando à realidade das indústrias, que em termos de políticas nacionais de desenvolvimento difere do setor de construção. No entanto, essa prática cresce dia a dia e, em breve, conquistará excelente participação no mercado industrial”.
Tendo lançado em 2015, em uma feira, campanha com o slogan “Produza sem comprar máquinas”, a Esquadros não colheu frutos expressivos da iniciativa. “À época não houve grande adesão ao formato, mas a estratégia segue sendo aprimorada, e a movimentação do mercado nesse sentido tem sido observada de perto”, recorda Silva.
Entre os motivos que dificultam a adesão ao programa, Silva constata o alto índice de personalização para atender necessidades específicas do cliente, assim como a área ocupada para processamento de bobinas metálicas, pois as máquinas são grandes e modulares, exigindo uma instalação civil e interligação eletromecânica complexa, principalmente “quando comparado ao setor de usinagem, por exemplo, que destaca-se nesse tema”.
Escopo semelhante é exposto por Hollatz, ao definir a iniciativa como tendência: “No caso de nossos equipamentos, como representam uma mudança muitas vezes radical no processo e ainda são muito escassos no mercado, nossos clientes optam por manter os equipamentos antigos em processos mais simples mesmo quando adquirem equipamentos novos”.