A ABIMAQ, em 14 de junho, via plataforma on-line ZOOM, com a presença de centenas de empresas associadas, promoveu reuniões com três empresas globais – Duferco (trading de aço), Baosteel (siderúrgica) e Comexport (trading) – visando a debater opções para o fornecimento de aço e possível importação.
Dilema semelhante ao das indústrias representadas pela ABIMAQ é enfrentado por várias empresas. Buscando contribuir para a solução junto a seus associados, três entidades patronais aderiram ao diálogo: Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), Associação Nacional Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) e Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região (Simecs).
Com associados em comum, diversos trabalhos convergentes e conjuntos, assim como participação em grupos que atuam em prol de uma agenda positiva em defesa da indústria, essa união, na opinião de Marcos Perez – superintendente de Mercado Interno na ABIMAQ –, “esse tipo de ação de coalizão entre entidades já faz parte do DNA da ABIMAQ, mantemos diversas frentes multissetoriais, cada uma com um tema específico”.
Reforçando esse posicionamento e lembrando as quase 40 parcerias que a Abrava mantém com instituições nacionais e internacionais, Arnaldo Basile – – presidente executivo da entidade – afirma que “este projeto inovador se apresenta como uma solução viável para otimizar as operações de compras e importações de insumos básicos estratégicos, como cobre e aço, para a manufatura de máquinas e equipamentos, com previsível redução de custos”.
Basile cita ação semelhante realizada em 2017, no processo antidumping de aços planos laminados à quente, e prevê que “as entidades desenvolverão movimentos como esses com maior frequência durante os próximos anos, para alavancar a operacionalização das suas associadas, haja vista que o desarranjo produtivo e distributivo mundial de insumos e componentes deverá perdurar pelos próximos 10 a 12 meses.
“A troca de informações e os debates intrassetoriais são instrumentos saudáveis de cooperação entre entidades. Analisamos situações de interesse mútuo e trocamos experiências que favorecem ambas as entidades, prestando, assim, melhor serviço a nossas respectivas bases”, afirma José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR.
O líder do setor de fabricantes de Implementos Rodoviários destaca que, como reflexo dessa aproximação e de parcerias semelhantes com mais de uma dezena de entidades, está “o desenvolvimento de equipamentos mais seguros, atendendo em suas demandas tanto os órgãos públicos quanto as empresas privadas”.
Esse trabalho associado entre as várias entidades, no entendimento do vice-presidente do Simecs, Ruben Bisi, “é fundamental para melhorar a nossa atuação perante o nosso associado. Temos muitas complementaridades, e com diálogo constante podemos atuar para qualificar aqueles benefícios que já oferecemos individualmente e passar a ofertar mecanismos novos. Além disso, contribuiu para melhorar a performance do nosso trabalho, com uma oferta maior de serviços e convênios. Dessa forma, criando junto e respeitando as diferentes visões, conseguimos ter entidades representativas mais fortes, e atuarmos para tornar os nossos associados mais competitivos”.
E Bisi garante: “Queremos seguir juntos em outras ações, como a disponibilização de plataformas mais acessíveis aos nossos associados para aquisição de itens e insumos”.