Associativismo fortalece colaboração com ganhos para todos

O mundo globalizado intensifica a competição ao mesmo tempo em que as teorias de administração defendem mais e mais a colaboração e o trabalho em equipe. Essa dualidade aparentemente antagônica pode também ser complementar caso o olhar seja aprofundado e a percepção, apurada.

Os fatos gerados neste ano em consequência à pandemia do novo coronavírus mostram exatamente essa possibilidade: ao mesmo tempo em que as empresas competiam no mercado, uniam-se na busca de soluções comuns e na troca de experiências.

A contribuição do setor de bens de capital mecânico com o desenvolvimento, a manutenção e a fabricação de respiradores pulmonares é um exemplo, e mostra que os desafios do dia a dia de empresários, gestores e empreendedores podem ser minorados com a troca de experiências e de informações.

Uma associação forte tem entre suas funções orientar e canalizar ações que potencializem os investimentos dos associados em presença institucional e relacionamento com o mercado, minimizando os custos individuais diretos e criando espaços especiais, que se unem aos tradicionais e dependem da participação direta das empresas

E esse princípio vale para os desafios inerentes à companhia – como garantir a qualidade da produção, desenvolver parcerias com fornecedores, questões contábeis e fiscais e ainda manter as suas equipes unidas, enfim, gerenciar todas as atividades internas da empresa – sejam externos, derivados de influências políticas, concorrências desleais e dificuldade em acessar novos mercados, entre tantos outros.

“Para superar estes desafios é preciso agir através de uma estratégia diferente, o associativismo”, defende Marcos Perez – superintendente de Mercado Interno da ABIMAQ / SINDIMAQ – frisando que “através dele, é possível unir empresas com os mesmos objetivos, para que possam empoderar a sua voz e ganhar força para defender os seus interesses superando desafios em comum com muito mais efetividade, representando todo o setor”.

Fundamentando sua fala, Perez usa a estatística e a história. A ABIMAQ – lembra ele – há mais de 80 anos representa o setor de Máquinas e Equipamentos no Brasil, tendo enorme influência e credibilidade para defender os interesses da sua empresa e de todo o setor junto aos poderes Executivo e Legislativo”.

Recorde

Neste ano, em que a crise econômica se intensificou e se tornou mundial, essa força foi comprovada e levou a Entidade a bater recorde de associados, saindo da casa dos 1.500 em que estava há alguns anos e atingindo 1.600”, comemora o superintendente de Mercado, ao frisar que essa conquista comprova que, “ao fazer parte de algo muito maior, ao lado de outras 1.600 empresas com dificuldades semelhantes e soluções diversas, a companhia insere-se em um ambiente coletivo de cooperação, voltado para solução de desafios e problemas, mas também focado na geração de negócios e de ótimas oportunidades através do propício networking com empresários do setor”.

Participar de uma associação é uma via de mão dupla, pois as empresas se fortalecem se a associação for forte, mas a entidade só será forte se as companhias forem bem-sucedidas. Essa interdependência tem reflexos no individual – âmbito empresarial – e na coletividade do setor.

E muitas as ações desenvolvidas pela entidade estão diretamente vinculadas à coletividade, aos interesses, anseios e necessidades setoriais de forma ampla e abrangente. Para isso, uma entidade forte mantém áreas de interação e interseção com os associados e a sociedade em geral, criando instrumentos que favoreçam o diálogo com os entes públicos e as instituições e organizações empresariais, políticas, governamentais.

Marketing

Quando se fala em presença institucional e força mercadológica em tempos de crise é fundamental que os gestores preservem os investimentos em manutenção da imagem e do relacionamento com o mercado via ferramentas de marketing. Uma associação forte como a ABIMAQ tem entre suas funções, orientar e canalizar ações que potencializem os investimentos dos associados nesse campo, minimizando os custos individuais diretos e criando espaços especiais.

Exemplo, nesta pandemia, foi a criação de lives, webinars, cursos, seminários, palestras, sempre em formatos 100% digitais e interativos, sobre temas diretamente vinculados à vida empresarial, a normas, leis, regulamentações, financiamentos, levando informação e conceitos de qualidade reconhecida e aplicação imediata.

Essas novas ferramentas agregam-se às tradicionais – feiras, exposições, revista, anuário, boletins – afinal, quando se fala em comunicação e marketing, tudo se soma, nada se exclui. Como reforça Lariza Pio, gerente de Marketing da ABIMAQ, “a ABIMAQ também mostra-se como uma associação forte, devido aos instrumentos de marketing e divulgação focadas nas associadas e que, ao mesmo tempo, dependem da participação direta das empresas”.

O objetivo é a amplificação da visibilidade das associadas, por exemplo, o fortalecimento da imagem institucional das empresas e do setor, via meios de comunicação e marketing oficiais da entidade, que gozem de credibilidade, pela seriedade e pela sua distribuição assertiva e pontual, alavancando as marcas e os produtos das empresas que se propõem a participar de forma efetiva.

Anuário

Um dos instrumentos de que a entidade dispõe nesse sentido é o Anuário ABIMAQ, que, neste ano chega à 10ª edição como “um espaço diferenciado, pela forma de apresentação e pelo público a que se destina: clientes do setor e órgãos e instituições públicas e privadas de relevância no cenário nacional”, explica Lariza Pio.

Exemplificando esse conceito, Maria Cristina Werle Reguly – supervisora de Dados de Engenharia e Assuntos Regulatórios de Produtos da STIHL Ferramentas Motorizadas e presidente da Câmara Setorial de Equipamentos Motorizados para Manutenção de Grama e Jardim e Máquinas Portáteis para Manejo Florestal (CSGF) – fala da tradicional participação da empresa e da CSGF e garante que, em momentos de pandemia, como o atual, o Anuário ABIMAQ ganha em importância “pela visibilidade que proporciona e pelo formato on-line, que permite o acesso com segurança”.

Gilberto Figueira, diretor da Public Projetos Editoriais, com a intenção de colaborar com as empresas na hora de decidir entre as possibilidades disponíveis no mercado para divulgar a sua marca, recomenda analisar a seriedade da ferramenta de comunicação, o risco de dispersão, se de fato está falando com o mercado de interesse, o tempo de exposição que a ação proporcionará e se o valor da ação está dentro do orçamento.

“Avaliando estes cinco pontos a empresa consegue aumentar a assertividade de suas ações e consegue se manter em evidência em seu mercado. Tão importante quanto a solidez financeira de uma empresa é a força da sua marca. E esta força só se conquista com ações planejadas, ousadas e responsáveis”, conclui Figueira.