Brasmin: estimativa é de R$ 150 milhões em negócios que devem se concretizar em até seis meses

Entre os dias 27 e 29 de junho, no Centro de Convenções da PUC II, em Goiânia, Goiás, um dos setores mais relevantes da economia brasileira exibiu uma radiografia do estágio em que se encontra e projetou perspectivas otimistas, fundamentadas no desenvolvimento sustentável, aconteceu a 2ª BRASMIN, reunindo cerca de 130 empresas posicionadas na vanguarda da cadeia produtiva do setor, que apresentaram o que há de mais contemporâneo em matéria de tendências, equipamentos, tecnologias, serviços, consultorias, mentorias e métodos produtivos, recebendo mais de 4.800 visitantes profissionais advindos de todo o país e de vários países da América Latina. A perspectiva é de que em até seis meses devem ser concretizados aproximadamente R$ 150 milhões em negócios iniciados durante o evento.

“Com acesso gratuito, mais do que uma feira, a 2ª BRASMIN cumpriu o papel de fórum sobre temas e discussões fundamentais, além de contribuir com o ajuste da imagem da atividade no país. Propiciou o encontro de mentes brilhantes e, também, foi uma oportunidade única para líderes, gestores e sociedade debaterem seus objetivos e necessidades”, comemora José Roberto Sevieri, diretor da Proma Feira, organizadora do evento que é realizado pela  Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM), com apoio da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB) e parceria com o Sindicato das Indústrias Extrativas do Estado de Goiás e do Distrito Federal (SIEEG-DF) e da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), entre outros.

A próxima edição já tem data marcada. Será de 24 a 26 de junho de 2025, no mesmo local. Informações em www.brasmin.com.br

Eventos simultâneos

A 2ª BRASMIN foi palco para o Primeiro Encontro das Políticas Estaduais de Mineração, com a participação de secretários e representante de onze estados da federação, e também para o 8º Encontro Nacional da Média e Pequena Mineração. Empresários, investidores, fornecedores e acadêmicos estiveram reunidos para discutir as particularidades e ratificar a necessidade das empresas de mineração de menor porte. Em 2021, a mineração arrecadou mais de R$ 10 bilhões em CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) e R$ 106 bilhões em impostos.

O encontro resultou na apresentação de nove painéis temáticos focados em diferentes aspectos da atividade mineradora. Em pauta, o novo cenário regulatório da mineração, o mercado consumidor de minerais industriais e programas dedicados ao crédito de carbono. Abordou a importância estratégica de minerais considerados críticos e transição energética; novos mecanismos de financiamento e atração de investimentos. Trouxe à discussão o ESG e a transição energética na formação de profissionais de mineração. E, também, a transformação da agricultura pelos remineralizadores, evolução do garimpo para empresa de mineração e planos estaduais de mineração.

Nesse contexto, o diretor-executivo na Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro, Roberto Perez Xavier, no artigo ‘O futuro do clima nas mãos da mineração’, sustenta que “o desenvolvimento de tecnologias para a geração de energia de baixo carbono, como baterias de carros elétricos, células fotovoltaicas e turbinas eólicas requer quantidades significativas de minerais e metais extraídos da crosta terrestre”.

Mineração em Goiás

Em Goiás, o estado anfitrião da 2ª Brasmin, é aquele onde a mineração apresenta o maior crescimento no país. Nos últimos anos, tornou-se um importante polo de desenvolvimento da mineração. Ocupa o 1º lugar na produção de níquel (45%), vermiculita (82%) e segundo em fosfato (37%), cobre (21%) e nióbio (14%). Hoje, é o quarto maior produtor nacional.

Um dos destaques do evento foi a realização da 5ª rodada de discussão do Plano Estadual de Recursos Minerais (PERM), promovida pelo governo de Goiás.  Entre os presentes, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás, Sandro Mabel; e o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração, Luís Maurício Azevedo.

Também participaram o presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável, Deputado Zé Silva; a coordenadora de Pesquisa Mineral da Frente Parlamentar da Mineração, Deputada Laura Carneiro; o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Vítor Saback; o diretor da Agência Nacional de Mineração, Tasso Mendonça; e a secretária de Estado de Meio Ambiente de Goiás, Andrea Vulcanis.

Hoje, Goiás apresenta mais de 600 frentes de extração e faturamento superior a R$ 9 bilhões por parte das mineradoras. A mineração corresponde a cerca de 30% de todo o PIB estadual e a cerca de 20% do total das exportações goianas.