Cabines de pintura: chapas de PVC no lugar do aço inoxidável

Muitas vezes, uma simples e até prosaica decisão tem o poder de alterar comportamento enraizado e não discutido pelos mais variados motivos. Foi o que aconteceu com a fabricante Erzinger Soluções em Equipamentos de Pintura, empresa instalada em Joinville (SC), com portfólio de produtos composto por cabines de pintura, aplicadores de tinta, sistemas completos para pintura industrial, estufas, transportadores contínuos e sistemas de pré-tratamento de superfícies.

Fundada em 1978 e instalada num parque fabril próprio com mais de 8.000 m², a Erzinger gaba-se de colocar nos mercados equipamentos elaborados e produzidos com o mais alto padrão tecnológico disponível, capazes de promover redução nos custos operacionais e maior qualidade ao produto final. Entre os conceitos de cabines de pintura que produz encontram-se as cabines para pinturas a pó com diversas configurações e acessórios. Essas unidades sempre foram produzidas com câmaras de pintura cujas paredes eram compostas de chapas de aço inoxidável, ou carbono.

Essa solução permeou os produtos da empresa por longo período. Até que a direção da empresa optou por substituir o fechamento lateral das câmaras por placas de PVC polido antiestático. Conceitualmente, explica Luiz Henrique Kondlatsch, gerente de Vendas e Serviço ao Cliente, “as cabines de pintura servem para conter a tinta que não adere às peças”. Como os aplicadores não possuem eficiência 100%, torna-se necessário que a aplicação de tintas em pó, seja em regime industrial, ou, não, ocorra em ambientes confinados, como cabines, para preservar o ambiente, a saúde dos operadores e recuperar o material de pintura dispersado e não aderido às peças.

Entretanto, por serem as câmaras revestidas em chapas de aço carbono, ou inoxidável, a pintura a pó, executada por pistolas com cargas eletrostática, acarretava sério inconveniente – as partículas de tinta (eletricamente carregadas) aderiam às paredes da câmara, transformando a operação de limpeza posterior em atividade de alto custo, além de trabalhosa. Esse elemento complicador torna-se ainda mais expressivo quando exige-se rapidez nas limpezas (por conta das demandas industriais), ou nas trocas de tinta.

Com o novo fechamento lateral das câmaras a partir das placas de PVC polido antiestático, informa Luiz Henrique Kondlatsch, a empresa gerou as seguintes vantagens para seus clientes: os usuários não precisam mais preocupar-se com a aderência de material de pintura às paredes do recinto, pois, o material utilizado (tinta em pó com carga eletrostática) não adere às paredes em PVC. As chapas de plástico reduziram sensivelmente o tempo de limpeza do equipamento (exatamente pela não aderência das partículas eletrostáticas às superfícies metálicas). Para completar, o material utilizado é autolimpante e, também por este motivo, conseguiu-se reduzir generosamente o volume de tinta consumido no processo. E mais, o plástico (PVC) contribui para reduzir a contaminação por umidade e sujidade.