Em sua 12ª edição, o fórum de tecnologia e inovação da indústria de máquinas e equipamentos ABIMAQ Inova apresentou e discutiu soluções e tendências tecnológicas, cases de sucesso de empresas, novos modelos de negócios e a transformação digital, destacando a importância da inovação para a competitividade da indústria brasileira.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD); ameaças de ataques cibernéticos; ambientes de convergência entre Tecnologia da Automação e Tecnologia da Informação; cases de cibersegurança na indústria 4.0; governança e gestão de riscos; políticas de segurança e ações para proteção de sistemas; programas; redes e equipamentos foram alguns dos temas enfocados por especialistas.
Realizado no dia 12 de novembro, na sede da ABIMAQ, o 12º ABIMAQ Inova foi aberto pelo presidente executivo da ABIMAQ, José Velloso e por Anita Tereza Dedding, secretária Executiva do IPDMaq – Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos.
Manhã
Na sequência, Rony Vainzof, sócio da Ópice Blum, enfocou “Gestão de governança de dados na era digital”. Lembrando que Proteção de dados não é uma escolha, contextualizou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e destacou o efeito cultural dessa legislação, devido, principalmente, ao debate com diversos agentes e representantes da sociedade, que contribui para a maturidade de todos com relação ao tema. Ressaltou, também, o fato de a LGPD já “nascer com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Nosso desejo é de que haja uma construção colaborativa, ouvindo toda a sociedade e o próprio setor”.
A partir dos escritórios do Gartner nos Estados Unidos, Moacir Gomes – vice-presidente do programa executivo da consultoria – enfocou “Cibersegurança e os impactos e desafios nos negócios”. Como base de sua apresentação utilizou pesquisa recente que trata dos impactos da transformação digital nas empresas e define três impactos comuns a todas as empresas: financeiro, de reputação e questão regulatória. Para ele, “não há como se imunizar do risco. Por isso, é importante revisar o plano continuamente – e não apenas anualmente –, levando-o ao nível mais alto da empresa, com atenção muito grande do board, que deve participar cada vez mais e ter cuidado com as lacunas existes em como se faz a gestão de risco”. Informou, ainda, que o Gartner disponibiliza um mapa de manufatura que ajuda os gestores das empresas a olhar para a cibersegurança e os mecanismos de negócio, pois “é preciso olhar com mais atenção as métricas de negócio, visualizando área a área individualmente”, frisou
Os cuidados da Amazon Web Services (AWS) com privacidade e controle de dados e o modelo de inovação da corporação foi assunto tratado por Glauber Gallego – gerente de Arquitetura de Solução da AWS. Ao explicar a forma como a AWS lida com segurança e dá segurança ao cliente que usa sua nuvem, apresentou as ferramentas disponíveis que, pela combinação entre elas, permite estruturação da política de segurança.
A primeira parte do 12º ABIMAQ Inova foi encerrada com painel sobre “Impactos e desafios da Lei de Proteção Geral de Dados”, mediado por Remi Yun, consultora de Auditoria Investigativa na Suzano Papel e Celulose. Entre os debatedores, Anne Joyce Angher, sócia da Angare Angher e advogada da ABIMQ; Fernanda Maia, advogada associada da Pinheiro Neto Advogados; Paulo Perrotti, sócio da Perrotti e Barrueco Advogados Associados e presidente da Câmara de Comércio Brasil-Canadá; Márcia Sakamoto, especialista em Relações Institucionais e de Sustentabilidade da Siemens; e Adriana Tocchet Wagatsuma, executiva jurídica e compliance da Ford.
Tarde
Após o almoço, os temas foram voltados à cibersegurança em ambiente industrial. A primeira atividade – painel que tratou do “Atual cenário dos ciberataques. Como a indústria pode se prevenir?” – aconteceu sob a moderação de Diego Mariano, CEO da Birmind, tendo como debatedores Fernando Antonio Santos, Head of Corporate Sales da Kaspersky; André Tritapepe, gerente de Governança de TI e Segurança da Informação da Brasken; e Djalma de Carvalho, diretor de Tecnologia da Informação da Schneider Electric América do Sul; e Ghassan Dreibi, diretor de operações de Cibersegurança da Cisco. Os pontos principais dos debates tiveram como base estatísticas que sinalizam que 40% dos ataques se resolve com proteção e 60% com processos. Por isso, a questão não é de tecnologia, mas de como trabalhar com as pessoas, reforçou Santos.
“Os riscos e desafios da cibersegurança na nuvem” foi o foco da palestra de Nycholas Szucko, gerente de Cibersegurança na Microsoft. Entre suas recomendações, destaque para duplo fator para autenticação, migrar para autenticação sem senha, gestão de acesso a chaves, praticar periodicamente exercícios de resposta a incidentes e fazer uso de autenticador para acessar redes sociais.
O terceiro painel, também mediado por Diego Mariano, reuniu Guilherme Normanton, gerente do Centro de Competência da Belden; Eduardo Honorato, diretor de Cibersegurança da Munio Security; Rodrigo Fernandes, gerente de Cloud, App & Data Security na Logicalis; e Vitor Sena, líder global de Segurança da Informação da Gerdau; para tratar de “Os desafios em cibersegurança na indústria 4.0”.
O encerramento ficou a cargo de Felipe Prado – gerente de Sucesso do Cliente na IBM – que discorreu sobre “Cibersegurança na Transformação Digital”. Sua apresentação foi voltada a mostrar as vulnerabilidades dos sistemas e das empresas, tornando-as presas fáceis a hackers. “Há entre cinco e 20 vazamentos de dados por dia, e hoje, empresas estão hackeando concorrentes”, alertou.