Os cálculos preliminares preveem que o Grupo Trumpf, em seu ano fiscal 2021/22, encerrado em 30 de junho, bateu recorde de vendas, totalizando 4,2 bilhões de euros, contra 3,5 bilhões de euros no ano fiscal 2020/21. No período, a entrada de pedidos também foi recorde: aumentou 42%, indo de 3,9 bilhões de euros para 5,6 bilhões de euros, resultando em forte carteira para o novo ano fiscal.
A Trumpf Brasil teve o melhor ano fiscal desde o início das operações, há 41 anos. A entrada de pedidos subiu 82%, impulsionada pelo aquecimento dos setores de implementos agrícolas e da construção (linha amarela). O faturamento ficou 32% acima do ano fiscal anterior.
Segundo João Visetti, CEO da Trumpf Brasil, o aumento do prazo de entrega das máquinas, com destaque para os sistemas de automação, que são uma tendência mundial e cada vez mais procurados no mercado local, explicam esse descompasso entre a entrada de pedidos e o faturamento.
“Ficamos surpresos que, dentro de um cenário repleto de incertezas, a entrada de pedidos subia mês após mês, e terminamos o ano com 82% de aumento na entrada de pedidos. Conseguimos rapidamente nos adaptar ao novo nível, graças ao nosso sistema de produção flexível”, informa Visetti, frisando que “o fornecimento de partes e peças, principalmente as que contêm elementos eletrônicos, tornou-se um gargalo”.
As dificuldades logísticas e de transporte impostas pela pandemia, com o fechamento prolongado dos portos chineses, desencadeou um fenômeno que Visetti chama de “a volta para casa” ou Nearshoring, o que ajuda a explicar o boom na entrada de pedidos de máquinas laser, dobra e puncionadeiras da Trumpf. Principalmente Estados Unidos, Canadá, México e Brasil optaram pela fabricação de peças e componentes nos mercados locais, “e agora já há projetos inteiros sendo desenvolvidos fora da China”, comenta.