O segmento de papel e celulose tem dado bons exemplos de como inovar e buscar soluções inteligentes e tecnológicas, atendendo os conceitos ESG. Exemplo é a recente parceria entre a Valmet – especializada no desenvolvimento e fornecimento de tecnologias, automação e serviços para os setores de celulose, papel e energia – e a CMPC, instalada em Guaíba (RS). “Temos o compromisso em conservar os recursos naturais, com práticas de gestão ambiental e energética adequadas em todos os seus processos produtivos. Por isso buscamos soluções inovadoras e duradouras para o desenvolvimento de projetos de melhorias”, explica Ronaldo Lesnik, coordenador de Produção da CMPC.
Com essa visão, o corpo técnico da CMPC identificou o potencial de reduzir a carga morta da fábrica utilizando o Controle Avançado da Caustificação, uma ferramenta de Internet Industrial da Valmet. Recentemente o processo atingiu máxima conversão de Na2CO3 (carbonato de sódio) em NaOH (hidróxido de sódio) e reduziu em 34% a carga morta durante o processo. Nesta implementação, uma das ferramentas oferecidas pela Valmet é apoio técnico a partir da plataforma Valmet Performance Center, onde os especialistas trocam experiências e trazem todo o know how de processo para as práticas de Automação. Outro diferencial é o suporte de um engenheiro residente na fábrica, o que acelerou os resultados do projeto.
César Paiva, especialista em automação da Valmet e residente na CMPC conta que “a confiança construída com os operadores por meio da coleta de feedbacks e a implementação das melhorias sugeridas por eles foi fundamental, assim como o compromisso em manter a confiabilidade dos instrumentos em nível elevado”. “Desde o início dos trabalhos até agora, a carga morta foi reduzida e obtivemos melhor aproveitamento dos recursos, objetivos estratégicos e de sustentabilidade da empresa. No último relatório mensal, por exemplo, foi possível constatar o alcance de uma marca histórica para a fábrica. Durante todo o mês, manteve-se a eficiência em nível ótimo e com um desvio padrão baixo, o que garante tranquilidade para a operação, que pode almejar um patamar elevado de conversão da reação de caustificação sem correr o risco de overliming”, complementa Lesnik.
“O trabalho desenvolvido em conjunto com a CMPC mostra um novo foco dos controles avançados, antes configurados para redução de custos e aumento de produção, agora também integram aspectos que visam otimizar os indicadores ambientais e de sustentabilidade da planta. A união entre automação e processo torna-se cada vez mais relevante para implementar esse tipo de solução”, conclui Nathália Leme, Gerente de Aplicações da Valmet. Com esse resultado, a CMPC se torna um exemplo benchmarking a ser seguido. Engajados com os valores da empresa, o grupo segue trabalhando para que os marcos alcançados sejam mantidos ou superados.