Mercado crescente e com soluções e produtos cada vez com mais tecnologia incorporada, no setor de máquinas, equipamentos e componentes a lubrificação vai muito além dos óleos, fluidos e graxas, para atendimento de transmissões, rolamentos e conexões, torno mecânico, prensas, maquinário industrial, injetoras, ferramentais, pneumáticos, caixas de câmbio, diferenciais, compressores, britadores e máquinas agrícolas, por exemplo.
Esses compostos lubrificantes incorporam aditivos resultantes de investimentos constantes da indústria, específicos para a aplicação a que se destinam.
O mercado brasileiro de lubrificantes industriais representa aproximadamente 30% do mercado total, estima o engenheiro Nilson Fernando Morsch – diretor-executivo do Simepetro, Associação dos Produtores e Importadores de Lubrificantes no Brasil, que congrega mais de 60 empresas e representa o mercado de lubrificantes automotivos, industriais e graxas há 23 anos.
Como o mercado de 2022 situou-se próximo a 1,3 milhão de m3, as aplicações industriais responderam por 400 mil m3, muito focado em óleos de processo como matéria-prima para produção de elastômeros, óleos hidráulicos para equipamentos e máquinas, óleos de transformadores, entre outros.
Esses resultados mostram recuperação lenta da retração ocorrida durante a crise sanitária: “Estamos recuperando aos poucos os níveis pré-pandemia, e para este ano vemos um melhor resultado em relação aos anos anteriores, dando um alento para os produtores de lubrificantes e equipamentos para lubrificação” constata Morsch, ressaltando que “o mercado que busca soluções com viés ambiental está crescendo de forma tímida, mas no futuro teremos utilização de produtos biodegradáveis no mercado nacional de uma participação maior”.
Em paralelo, nessa procura por produtos biodegradáveis, desenvolve-se o consumo de lubrificantes com base vegetal e outras que colaboram na proteção do meio ambiente, além de óleos minerais com baixos níveis de enxofres e cadeia aromática, como os básicos Grupo II e Grupo III.
O diretor-executivo do Simepetro sinaliza, também, a vitalidade do mercado agrícola, pois como “o Brasil está sendo o celeiro do mundo na área alimentar, isso ajuda muito a área de equipamentos”. Lamenta, contudo, o descompasso anual entre “o crescimento do PIB do País e o da indústria”, ao contrário do que acontece no mercado internacional que “é mais constante”.
Cumprindo os seus objetivos, o Simepetro está programando para 2024 uma ação que deverá fortalecer a união dos setores com vistas a “termos uma melhor ação no mercado, trazendo mais resultados aos usuários, como informações técnicas, aplicações, novas tecnologias”, anuncia Morsch, ao falar sobre a construção de “um simpósio técnico, atraindo os principais atores do mercado e os fabricantes de Equipamentos & Máquinas para que possamos trocar informações e enriquecer nosso mercado de lubrificantes”.
Mercado amplo exige especialização crescente
Em um mercado com tanta variedade de aplicações, o número de produtos e soluções também é expressivo. A divisão do mercado é feita com base nos tipos de equipamentos nos quais os lubrificantes são aplicados. Essa prática, como informa Thiago Ferreira Veiga, gerente de desenvolvimento tecnológico de lubrificantes e combustíveis da Vibra – detentora da marca Lubrax e da licença de uso da marca Petrobras –, é eficiente, pois os mesmos equipamentos e máquinas são comumente utilizados em diversos segmentos industriais, seja a indústria de manufatura, mineração, óleo e gás, energia, papel e celulose, ou os setores agrícola, marítimo, ferroviário e de transportes de maneira abrangente.
“Desta forma segmentamos o mercado a partir das aplicações, ou seja, produtos para sistemas hidráulicos, engrenagens, compressores, turbinas, óleos para circulação, guias e barramentos, óleos térmicos, óleos para aplicações especiais (siderurgia, papel e celulose etc.), entre outros”, lista Veiga, agregando também o segmento de graxas utilizadas em “amplo leque de equipamentos, desde graxas para utilizações convencionais até graxas especiais para aplicações em condições severas”.
Os números que materializam essa realidade, no caso da Vibra, traduzem-se em linha de produtos composta por mais de 130 famílias, para aplicações automotivas, industriais, marítimas e ferroviárias. No total, a empresa produz 300 milhões de litros (ou 300 mil metros cúbicos) por ano e, após a entrada em operação da ampliação e modernização da planta, no segundo semestre de 2024, a produção anual atingirá os 500 milhões de litros ou 500 mil metros cúbicos.
“Somente nosso portfólio de lubrificantes e graxas dedicado para o segmento industrial é constituído por mais de 140 produtos, classificados em 64 famílias e comercializados através de quase 300 SKU (Stock Keeping Unit ou Unidade de Manutenção de Estoques, em português). Buscamos desenvolver o mercado o uso de lubrificantes de maior tecnologia, saindo da visão do custo unitário do produto, e passando a selecionar melhores produtos que resultem em uma redução do custo total de operação (TCO – Total Cost for Ownership)”, resume Veiga.
Educação do mercado e conhecimento pelo usuário sobre a importância dos fluidos lubrificantes e de processos na vida das máquinas e das ferramentas de corte são necessidades agregadas por José Rodrigues, diretor Comercial da ALL Lubrificantes, empresa de capital 100% nacional produtora de fluidos solúveis de máxima performance. “O mercado ainda trata o lubrificante como simples commoditie, mas é o óleo que permite o funcionamento adequado dos equipamentos, prolongando sua vida útil e determinando a capacidade produtiva das máquinas”.
O alerta de Marcelo Kuroda – líder de Customer Service Brasil da Blaser Swisslube – é para a seleção de lubrificantes e fluidos pelos resultados e não pelo preço. Há produtos que podem ser percebidos “como uma boa solução. Porém não possibilitam que todo o investimento feito em máquinas, ferramentas e operadores especializados seja utilizado em sua plenitude, tornando a produção ineficiente e com um maior custo”.
Além disso, “o mercado nacional, muitas vezes, baseia-se em normas antigas, proíbe a utilização de matérias-primas que hoje são consideradas seguras mundialmente e não restringe o uso de componentes banidos do mercado mundial há muitos anos. Uma visão mais ampla pode tornar a indústria nacional mais competitiva na busca por uma posição de destaque no mercado global”, assegura o líder de Customer Service Brasil da Blaser, estendendo essa realidade ao setor de lubrificantes industriais como um todo, incluindo fluido de usinagem, protetivos e outros relacionados.
Outro ponto que é lembrado pelos entrevistados envolve a falta de conhecimento e a desatualização das normas que servem para orientar o setor de lubrificantes. Kuroda enfatiza, em especial, as regulamentações relativas ao segmento dos fluidos de usinagem, que “faz com que, muitas vezes, o segmento de usinagem utilize produtos que não são os mais indicados para operações específicas, visando a atender a legislação atual. Uma solução seria uma revisão dessas normas, adequando-as às normas internacionais do segmento”.
Tropicalização: prioridade para obter resultado desejado
O mercado industrial brasileiro é dinâmico e diversificado, até mesmo em consequência da amplitude das atividades industriais no País. Além disso, as indústrias presentes no Brasil são mais abertas a novas tecnologias e soluções, favorecendo a presença de empresas que oferecem lubrificantes inovadores, de desempenho consistente, capaz de promover proteção eficaz para os equipamentos, com comprovados indicadores de aumento da eficiência e da confiabilidade operacionais, redução de custos e maior durabilidade dos equipamentos.
Outro ponto de destaque relaciona-se às características climáticas regionais e à natureza muitas vezes severa das condições operacionais em setores como mineração, siderurgia, óleo e gás, agronegócio etc. Diferenciais reconhecidos no mercado englobam suporte técnico especializado, treinamentos, serviços de consultoria, logística reversa.
Para os entrevistados, esse contexto conduz, em inúmeras oportunidades, à adequação de formulações para a realidade local, de cada planta industrial, e ao trabalho conjunto com os clientes no desenvolvimento de melhores formulações para condições específicas.
Na prática, conforme as palavras do diretor Comercial da ALL Lubrificantes isso tudo “significa que os lubrificantes e fluidos de processos são produzidos com as características físico-químicas exigidas pela indústria nacional”, até porque elas impactam nos resultados”.
A importância dessa adequação das formulações a características locais é exemplificada por Rodrigues utilizando os óleos solúveis: “Temos diferenças climáticas e de água em nosso país, que fazem com que tenhamos que ter fórmulas tropicalizadas e muito conhecimento embutido para atender com segurança ao mercado nacional. Ou seja, um produto desenvolvido e reconhecido na Europa, por exemplo, pode ter performance diferenciada no Brasil, por conta da dureza da água, por exemplo”.
A Klüber Lubrication é uma das empresas que buscam atender as características licais, assegura Enrique Garcia – CEO da empresa para América do Sul e Austrália – que a define como provedora de soluções que vão “além da lubrificação e proporcionam desempenho operacional, produtividade, redução de custos, eficiência energética e sustentabilidade para os clientes”. Entre as linhas de destaque do portfólio estão as graxas destinadas a rolamentos, engrenagens, pinos, buchas, óleos para redutores e sistemas hidráulicos. A empresa também possui agentes de limpeza para grandes engrenagens e está atenta às principais tendências, desenvolvendo linhas de produtos biodegradáveis.
Há 52 anos fisicamente presente no mercado brasileiro e contando com fábrica no Brasil, a Klüber Lubrication desenvolve soluções capazes de atender as características locais, mantém relacionamentos sólidos e parcerias duradouras, inclusive com fabricantes de máquinas, e participa ativamente no ecossistema de inovação, contando com parceiros que impulsionam a inovação na indústria.
“A confiança estabelecida com a marca vai além do produto. Está nos serviços, nas soluções, na agilidade em responder a uma situação. Esse tem sido o grande diferencial nessas cinco décadas e continuará sendo. É um ativo insubstituível”, comemora o CEO.
Garcia resume a atuação da empresa ao afirmar: “A Klüber desenvolve, fabrica e vende o produto; supervisiona a troca sempre que necessário e trabalha pelo cumprimento dos protocolos, treinando as equipes de manutenção dos clientes. E mais: como há uma equipe global com grande experiencia em processos e desenvolvimento de produtos para aplicações especiais, a Klüber realiza testes na base do cliente para calcular e selecionar a metodologia de lubrificação que favorecerá os benefícios desejados. Ou seja, está presente quando e onde os clientes e parceiros necessitam, com suas mais de 2 mil soluções direcionadas a mais de 30 segmentos de mercado e para mais de 5 mil clientes no País”.
Energia limpa e redução das emissões de gases poluentes
Disponibilizar lubrificantes com aprovações que atendam as regulamentações ambientais e que sejam capazes de oferecer mais autonomia ao motor, além de alongar os prazos para necessidade de manutenção é a meta das fabricantes de lubrificantes e o desafio vivenciado pelos desenvolvedores de óleos, graxas e fluidos para lubrificação industrial.
“O futuro do mercado de lubrificantes passa pela composição de soluções com energias limpas, pela adoção de novos componentes, pela preocupação com maior eficiência dos produtos e também com menos emissões de gases poluentes”, resume Veiga.
Engenheiro Mecânico, atuando no mercado industrial de lubrificantes há 32 anos, Sérgio Lucas Pinheiro Costa, atualmente, é consultor da Pacalub, distribuidor exclusivo Mobil em Minas Gerais, respondendo também pela Gerência Técnico-Comercial B2B na área industrial. Para ele, “a conscientização do consumidor demanda lubrificantes mais sustentáveis. Essas tendências refletem um compromisso crescente com a redução das emissões de carbono, a sustentabilidade e a transição para matérias-primas mais amigáveis ao meio ambiente no mercado de lubrificantes industriais. Empresas que adotam abordagens inovadoras e sustentáveis têm a oportunidade de atender às demandas do mercado e reduzir seu impacto ambiental”.
Descarte e reaproveitamento – Para a Klüber, sustentabilidade é um pacote que engloba economia circular e se expressa, entre outras formas, pela formulação dos aditivos sobre óleo-base de alta qualidade reciclado: “Em 2022, 34% das vendas de produtos lançados nos últimos cinco anos envolveram óleos básicos reciclados, totalizando aproximadamente 200 mil quilos. Se forem considerados também os produtos lançados há mais de cinco anos vendidos na Argentina, Austrália, Brasil e Chile juntos, isso representa uma redução de 3% na pegada de carbono, pois, para cada litro de óleo lubrificante utilizado no mercado, é preciso extrair entre 33 a 35 litros de petróleo”, assegura o CEO da empresa.
A sustentabilidade também se estende ao cliente. Segundo Garcia, “o aumento da vida útil dos itens lubrificados com as soluções da empresa e a redução do consumo de energia são resultados garantidos, pois mantemos um conjunto de especialistas para cada segmento que atendemos, além de contarmos com parcerias de longo prazo em equipamentos de lubrificação e treinarmos a equipe dos clientes para que possa aproveitar os benefícios das soluções Klüber e utilizar corretamente as nossas ferramentas digitais”.
Expressando quantitativamente os resultados, Garcia assegura que há economia média de 5% no consumo de energia elétrica dos equipamentos e redução de custos em virtude do melhor desempenho operacional das máquinas, apenas com a substituição dos lubrificantes convencionais pelos de alto desempenho, contribuindo, ainda, para a diminuição das emissões de CO2: “Esses resultados decorrem da expertise técnica e das análises de dados realizadas pelo corpo técnico da Klüber, que, por meio de modelos matemáticos avançados, calcula e comprova os ganhos que as empresas podem obter em eficiência energética e sustentabilidade”.
Mais do que cumprir as obrigações legais de recolhimento de pelo menos 40% do volume comercializado no País, com o objetivo de mitigar os desafios relacionados ao descarte responsável de óleos e graxas lubrificantes, a Klüber Lubrication “desenvolve soluções especiais de alta performance projetadas para ter uma durabilidade excepcional, reduzindo a necessidade de trocas frequentes. Isso significa menos descarte e, consequentemente, menos impacto ambiental”, confirma seu CEO.
Uma plataforma exclusiva da Klüber Lubrication desempenha papel fundamental no gerenciamento responsável de lubrificantes, pois permite que as empresas monitorem a qualidade dos óleos em uso, trocando-os apenas quando necessário, o que reduz significativamente o descarte prematuro de óleo em bom estado.
Na ALL Lubrificantes, a preocupação com a sustentabilidade estende-se ao descarte zero e à recuperação do lubrificante e respondeu pelo desenvolvimento da Unidade Móvel de Regeneração, “um equipamento único no mercado se pensarmos em uma empresa que fabrica óleos novos”, informa Rodrigues, listando entre os clientes desse serviço grandes mineradoras, como a CVRD, em Minas Gerais.
A solução se corporifica em “caminhão especialmente equipado, que vai até a sede do cliente para recuperar o óleo lubrificante usado, repondo as propriedades do óleo novo, pronto para uso. Além da enorme diminuição dos custos operacionais, esse processo também reduz a necessidade de investimentos em óleo novo, elimina o descarte e também os riscos de transporte do produto. Vale frisar que o óleo regenerado recupera 100% das propriedades do óleo usado. O custo médio desta operação fica em torno de 50% do óleo novo”.
Há 15 anos, quando foi fundada, a ALL Lubrificantes já pensava na escassez do petróleo bem como em todo o prejuízo que os produtos derivados traziam às máquinas e equipamentos, comunica Rodrigues, recordando que à época “foi contratado um químico alemão, com larga expertise no segmento de fluidos de corte solúveis, para desenvolver uma linha de produtos que, além de não ter produto mineral, proporciona enormes ganhos na expansão da vida útil dos equipamentos e ferramentas, além de reduzir passivos trabalhistas com insalubridade (produtos não agressivos ao operador) e otimizar os processos operacionais por minimizar as paradas de manutenção”.
E os investimentos em pesquisa, conhecimento técnico e equipamentos de análise e laboratório são responsáveis pela composição de “uma linha de produtos flexível e adequada às necessidades específicas de cada processo produtivo”, garante o diretor Comercial da ALL Lubrificantes.
A pressão por parte das indústrias consumidoras pela eliminação de matérias-primas fósseis, derivadas de petróleo, contudo, esbarra na questão de custo. No entanto, “isso é inevitável, uma vez que a fonte é esgotável e está envolvida em conflitos no mundo, que pode fazer com que o petróleo sofra alterações impactantes no seu preço a qualquer momento. Como o mercado não pode se tornar refém dessa questão, é preponderante que os profissionais do setor busquem informação quanto ao uso dos fluidos solúveis”, informa Rodrigues.
A previsão desse executivo parte do princípio de que “algumas empresas já têm optado pelas emulsões sintéticas e alcançado resultados expressivos”, por isso, “acreditamos que essa linha, mesclada com uma aculturação do mercado, seja a tônica dos próximos anos, pois vale a pena pagar por um produto um pouco mais caro, mas cujos resultados em produtividade, minimização das paradas de máquinas, redução de custos com insalubridade trarão mais rentabilidade e lucratividade à indústria”.
Serviços: atividade no radar das fabricantes de soluções lubrificantes
A diversificação das matérias-primas é ponto fundamental para a redução da pegada de carbono no produto final. Conceitos de economia circular, rerrefino de alta qualidade como gerador de insumos de padrão superior e produtos finais de performance elevada são caminhos alternativos enquanto não é encontrada a formulação ideal.
Paralelamente, os novos motores exigem mais performance dos lubrificantes para que possam atender limites ambientais cada vez mais rigorosos. Nessa fase intermediária, surgem lubrificantes de maior eficiência que além de reduzirem o consumo de óleo estendem o período de troca.
O gerente de Desenvolvimento Tecnológico de Lubrificantes e Combustíveis da Vibra cita os óleos de compressores “que tiveram sua vida útil estendida em até oito vezes em virtude da utilização de lubrificantes sintéticos. Assim, além da redução de consumo de óleo novo, é gerado menor volume de resíduos de lubrificante usado”.
Outra prática que, na visão de Veiga, pode contribuir para a redução do consumo de lubrificantes e emissões de gases de efeito estufa está na gestão e no controle de lubrificação: “As soluções são inúmeras no mercado, mas um software de qualidade, com capacidade de mais do que ser um software de gestão de lubrificação faça a gestão de ativos é o que tem de ser perseguido pelas empresas. O sistema desenvolvido pela Vibra, além de fazer a gestão dos ativos, conta com dispositivos IoT para controle de vibração e temperatura e tem integração com os principais ERP do mercado”.
Distribuidora de lubrificantes especiais de alta performance; lubrificadores automáticos; desengraxantes biodegradáveis, aprovados pela Anvisa; e soluções em limpeza industrial (solventes e desengraxantes), a Lubvap Special Lubricants recomenda atenção especial às várias etapas do processo e às características de cada setor que atende, a exemplo dos mercados de energia, agronegócio, construção civil e mineração, assim como indústrias aeronáutica, automotiva, offshore, alimentícia, moveleira, farmacêutica, gráfica, cerâmica, metalúrgica, robótica e outras em geral.
Trabalhando com diversas marcas de lubrificantes, lubrificadores e desengraxantes industriais, tanto de marcas líderes mundiais em lubrificação, quanto com marcas próprias, a Lubvap investe em trabalho de pesquisa e desenvolvimento e mantém em seu portfólio produtos biodegradáveis com certificações ISO 21469, NSF H1, Halal e alimentício Kosher.
Tudo se inicia pelo diagnóstico e pela compreensão do negócio do cliente. A partir daí, detalha Luiz Maldonado, CEO da empresa, “é feito um estudo de soluções, encaminhando o diagnóstico ao laboratório para definir qual a melhor opção para equacionar o problema. Na reunião estratégica, é definido como a Lubvap irá ajudar a empresa na melhoria de desempenho de suas máquinas. Por fim, há a entrega de resultados, quando a equipe apresenta quais serão os ganhos estimados, conforme o uso prático dos lubrificantes de alta performance indicados para a atividade”.
Locação – Equipamentos locados é um novo mercado no mundo da lubrificação de máquinas e equipamentos, a exemplo do que ocorre em outros segmentos industriais como alternativa ao elevado investimento para aquisição de bens de capital metalmecânico.
Para o diretor Comercial da ALL Lubrificantes, a terceirização chegou à gestão de áreas de lubrificação e manutenção nas indústrias. No entanto, “na maior parte dos casos, percebemos que são empresas que não fabricam fluidos e que desconhecem os ganhos possíveis com indicações técnicas dentro de uma planta industrial”. Dados estatísticos, segundo ele, justificam esse alerta, pois “80% dos problemas na hidráulica são causados pelo uso de óleos inadequados. Isso precisa ser disseminado e conhecido para que melhorias possam ser obtidas em um trabalho de gerenciamento”.
Morsch alinha aplicações que geram benefícios para a produção das indústrias, como a purificação de óleo hidráulico em uso, para ter níveis de pureza que atendam a norma NAS, que avalia o nível de contaminação de fluido via contagem de partículas em 100 ml. Essa prática evita o aparecimento de problemas técnicos nos equipamentos e, assim, aumenta a vida útil dos elementos envolvidos, com redução das paradas de máquinas e do uso de lubrificantes, assim como aumento das horas trabalhadas e da vida útil dos equipamentos.