Competitividade e produtividade são continuamente buscados por esse setor, seja como forma de reduzir os próprios custos e não descontinuar investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos, seja para gerar ganhos aos clientes.
Aplicações e tecnologias como telemetria, controle de nivelamento, monitoramento e gerenciamento remoto de máquinas e equipamentos são realidade e registram resultados expressivos, colocando o Brasil no mesmo patamar dos países economicamente desenvolvidos.
A CNH Industrial, por exemplo – empresa na qual Bernardes atua como gerente de Relações Governamentais –, em 2016, investiu R$ 73 milhões na criação da nova linha de montagem de escavadeiras, em projetos de engenharia e em outros processos de nacionalização, como a seleção de fornecedores de componentes, testes de validação no campo de prova da marca, em Sarzedo (MG), e em clientes.
A disseminação das tecnologias embarcadas que fornecem dados como localização da máquina, análise diária da operação, códigos de erro ativos e consumo de combustível diário, é destacada por Matheus Fernandes, gerente Geral da Link-Belt Brasil, que vê no lançamento de produtos realizado pela empresa sinal perceptível de retomada da atividade.
“O consumo de tecnologia de ponta nos equipamentos já é praticamente um padrão em grandes frotistas. Agora, também começa a ser um requisito de médios e pequenos que entendem os benefícios da tecnologia em prol da eficiência e redução de custos. Para eles, contar com a tecnologia também é um fator para aumentar a rentabilidade do negócio”, infere Andrea Park, recordando que “a tecnologia reduz o tempo da obra, melhora a eficiência da operação, reduz o consumo de combustível, aumenta a segurança das pessoas, o que resulta em economia de insumos e manutenção tanto preventiva quanto corretiva”.
Especializada em soluções para construção e reparo de estradas e para reciclagem de materiais de construção, entre outros, a Ciber, segundo Goldschmidt, desenvolveu soluções que “iniciam uma era em usinas de asfalto em âmbito global”. Com tecnologia 100% brasileira, exportada para quatro continentes, a nova linha, lançada em junho, antes de ser comercializada, já cumpriu mais de dois anos de testes a fim de garantir a perfeição nas funcionalidades do equipamento, favorecendo facilidade logística e baixo custo de transporte, redução do consumo de combustível, produção de diferentes tipos de misturas com qualidade e produtividade constantes, harmonia entre sofisticados sistemas eletrônicos e uma operação simples e intuitiva e baixo nível de manutenção, além de robustez, confiabilidade e segurança durante a operação.
O fundamental é que a indústria de máquinas e equipamentos para construção, nesse período de queda da atividade produtiva, mantiveram suas linhas de produção, gerando empregos, e buscaram alternativas como a exportação, para compensar a redução do mercado interno. Também deram prosseguimento aos seus investimentos no País, “embora em menor escala e apesar da crise econômica, mas por acreditar no Brasil”, assegura Bernardes.