“As mineradoras investem continuamente na avaliação de médio e longo prazo, na projeção do plano de lavra e redução de custos. Apostam também na capacidade dos fabricantes em desenvolver soluções criativas, que obedeçam aos critérios definidos e proporcionem Capex e Opex atraentes, produtividade, confiabilidade e retorno do investimento com previsibilidade e assertividade. O fluxo de investimento é contínuo, seja na elaboração de estudos, abertura de novos projetos, instalação de novas plantas, ou operação de mina”, retrata Coelho, da MCSA.
Essa percepção é confirmada por mais de 90 projetos conhecidos que integram o portfólio das mineradoras e incluem mais de 80 municípios em diversos Estados.
No caso da Anglo American, que tem no Minas-Rio capacidade nominal de produção de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e nas unidades sediadas em Goiás capacidade anual da ordem de 44 mil toneladas de ferroníquel, de acordo com declaração da mineradora, o programa de investimentos prevê nos próximos cinco anos (2021-2025) injeção de mais de US$ 2 bilhões, sendo que para o Minas-Rio – em operação e manutenção da Etapa 3, melhorias em segurança, aumento da produção e investimentos na comunidade – a previsão é de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,5 bilhões), sendo US$ 250 milhões (R$ 1,25 bilhão) em 2021, cabendo à produção de ferroníquel outros US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões), dos quais US$ 80 milhões (R$ 320 milhões) ainda em 2021.
Já a Mineração Caraíba – declara Coelho – está “em plena expansão das minas com estudos em novos alvos na área de atuação. Este ano temos US$ 150 milhões de investimentos e previsão acima de US$ 200 milhões para 2022 e próximos anos. Temos expansões sendo feitas com previsão de aumento de produção a partir de 2024”.
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
O investimento em tecnologias mais seguras e sustentáveis conta com muitas iniciativas, entre as quais estão as desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, instituição cujos projetos em inovação são realizados em parceria com a iniciativa privada, tendo entidades como a ABIMAQ apoiando as empresas nessa interlocução.
Na mineração as ações no campo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), em 2020, conduziram à formalização de aliança entre a instituição e o Ibram.
De 2015 até setembro deste ano, 68 empresas do setor mineral acessaram recursos não reembolsáveis da instituição e equipes qualificadas de pesquisadores, propiciando o desenvolvimento de 75 projetos, que somam R$ 141 milhões em investimentos e 46 pedidos de propriedade intelectual.
O foco são alternativas mais eficientes de beneficiamento do minério de ferro; redução de consumo de compostos tóxicos, energia e água; reaproveitamento de rejeitos; Inteligência Artificial, Big Data Analytics e Internet das Coisas (IoT), entre outras tecnologias de alta complexidade.