Liderança do futuro: qual o perfil mais valorizado no pós-pandemia?

É inegável que as relações de trabalho foram modificadas em diversos níveis e com a gestão não foi diferente. A liderança precisou se adaptar às novas necessidades de sua equipe para manter o engajamento em uma forma de trabalho virtual e à distância.

Com este novo cenário, os especialistas de RH da Luandre, analisam o que passa a ser relevante para um profissional que ocupa um nível hierárquico de liderança e gestão de equipes.

Segundo Gabriela Mative, Superintendente de Recrutamento e Seleção da Luandre, o que já se consegue observar é que empatia e humanidade estão em alta. “O líder da atualidade é o acessível, que gera comunicação e não o que barra o fluxo desta. Não há problemas em o colaborador dizer eu não sei e o próprio líder também, aliás isso demonstra para equipe que o líder pode sim se colocar como uma pessoa que não tem todas as respostas, desmistificando esse papel de onipotência, explica.

Para Gabriela, este novo líder que se coloca como um eterno aprendiz, em geral, é uma pessoa mais fácil para o trato diário e que terá confiança para mostrar o caminho para a equipe, ao mesmo tempo em que tem uma escuta atenta com todos a sua volta.

“Não estamos falando de lamentações, estamos falando de cooperação. Claramente, há líderes que são excelentes comunicadores por sua desenvoltura, mas não sabem se comunicar com a própria equipe. Este tipo de líder não empático está com os dias contados e mesmo que permaneça na empresa corre o risco de ter sua carreira estagnada”, pondera Gabriela.

Outras características marcantes dos novos tempos serão a flexibilidade e a criatividade, não só na comunicação com os demais, mas também no posicionamento estratégico. “Se nós já tínhamos muitas mudanças com a pandemia isso ficou mais acelerado”, pondera Fernando Medina, CEO da Luandre.

Com o trabalho remoto o mundo está passando a olhar ainda mais para o que realmente importa e é certo que as empresas também estão se flexibilizando e vão esperar isso de seus líderes.

De acordo com Medina não importa mais onde a pessoa mora ou como ela faria para se deslocar ao trabalho, a idade que tem, entre outros tantos pontos antes avaliados. O que importa é como ela irá agregar inteligência no trabalho dela.  “O profissional do futuro será aquele que vai saber lidar com pessoas que pensem diferente dele. Com ideias plurais, pessoas com diferentes origens e opiniões, que tenham uma escolha de voto diferente”, diz Medina.

Gabriela conclui que o que vai passar a importar cada dia mais é saber ouvir e aprender com os outros: “esse é o profissional que será procurado pelas empresas”.