Datando seu início do surgimento dos polímeros de engenharia, inclusive com prototipagem rápida, a manufatura aditiva, nos últimos anos, entrou em nova fase, marcada pela multiplicidade de processos – a partir de filamentos, resinas ou pó – e pela possibilidade de utilização de materiais diversos e até multimateriais, reforçados com Fibra de Carbono, com aditivos retardantes de chama. Além disso, na área de óleo e gás, muitas peças em metais passaram a ser compostas por PEEK e PEI.
Contudo, de acordo com especialistas, um dos diferenciais mais significativos dessa evolução está no fato de que a Manufatura Aditiva vem promovendo forte avanço tecnológico aos produtos. “Consegue-se geometrias antes difíceis de se obter por outros processos produtivos, evitando o gasto com ferramental de extrusão ou injeção e favorecendo a fabricação de componentes com alto índice de inovação e excelente relação custo-benefício”, comenta como Fabio Sant’Ana, da área de vendas e aplicações de manufatura aditiva da Farcco Tecnologia, membro da ASTM e ABNT participando dos comitês de Normalização ASTM F42 Additive Manufacturing, ISO TC26, ABNT CEE-261 Manufatura Aditiva e ABNT CB-26 Odonto-Médico-Hospitalar, além de Communitty Manager para o Brasil da Organização Internacional 3DHEALS para o uso da Manufatura Aditiva em Medicina, entre outros títulos e especialidades.
O especialista da Farcco frisa que a manufatura aditiva não deve ser entendida como substituta de qualquer processo bem estabelecido e com cadeia produtivas ajustada, pois, a seu ver, “ela pode ser processo inicial, final ou complementar a outros processos”. O importante – destaca – é a visão da metodologia como um processo em desenvolvimento, que “traz uma série de liberdades extraordinárias no lado criativo dos produtos, mas, por ser um processo polimérico ou metalúrgico, tem limitações e precisa de conhecimento e desenvolvimentos para ser corretamente usado na produção”.
Solicitando atenção especial para o fato de que a manufatura aditiva tem suas maravilhas, mas também tem seus desafios, Sant’Ana crê, para breve, em um salto exponencial em inovação e design de produtos também no Brasil, prevendo fabricação massivamente melhorada através desses novos processos. “Muito desenvolvimento está em marcha, integrando novas ciências como biomimética, biomanufatura, projeto generativo e física de materiais celulares. No momento, o céu é o limite!”, avalia.