Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) divulgado em 23 de junho, sinaliza que o Brasil acaba de ultrapassar a marca de meio milhão de conexões de geração própria de energia a partir da fonte solar fotovoltaica. Desde 2012, a modalidade instalou cerca de 5,8 gigawatts (GW) de potência operacional, sendo responsável pela atração de mais de R$ 29 bilhões em novos investimentos ao País e agregando mais de 174 mil empregos acumulados no período, espalhados pelas cinco regiões nacionais. A geração própria de energia solar já está presente em 5.257 municípios e em todos os estados brasileiros. Entre os cinco municípios líderes estão Cuiabá (MT), Brasília (DF), Teresina (PI), Uberlândia (MG) e Rio de Janeiro (RJ), respectivamente.
A possibilidade de crescimento do setor é significativa, afinal, dos mais de 87 milhões de consumidores de energia elétrica do País, menos de 0,7% já faz uso do sol para produzir eletricidade, limpa, renovável e competitiva. Para a entidade, o maior incentivo à geração própria de energia renovável, como proposto no Projeto de Lei (PL) nº 5.829/2019, que cria um marco legal para a modalidade, fortalecerá a segurança de suprimento elétrico em tempos de crise hídrica, bandeira vermelha na conta de luz pelo uso de termelétricas fósseis e risco de racionamento.
Entre as empresas que comemoram o desenvolvimento desse mercado está a Fronius, que atinge a marca dos 20% da potência de geração distribuída instalada no Brasil, com 100 mil inversores registrados em seu portal SolarWeb, ferramenta que permite fazer a gestão de energia do sistema, o que equivale a 1 gigawatts de potência instalada em geração distribuída (energia gerada por consumidores residenciais, do comércio e indústria). Apenas no primeiro trimestre deste ano, a empresa contabilizou o registro de quase 8 mil inversores no território nacional.
A empresa austríaca mira em novos mercados, com a expectativa de crescimento de 50% nas vendas de soluções fotovoltaicas, apostando em soluções mais robustas para usinas de médio e grande porte. “Vamos lançar inversores mais potentes, para usinas acima de 500 quilowatts de potência a 5 megawatts, que têm crescido muito no Brasil”, afirma Alexandre Borin, gerente comercial da Unidade de Solar Energy da Fronius do Brasil, explicando que “o aquecimento do mercado se deve, principalmente, aos empreendimentos de pequeno e médio portes nas áreas residencial e comercial, que passaram a investir mais em geração distribuída”.
Outro fator que contribuiu para a expansão da base instalada foi a credibilidade que a marca construiu no Brasil, que é um dos seus maiores mercados, ao longo dos 10 anos em que a unidade Solar Energy está presente no país. “Cada vez mais, o instalador entende a importância de ter uma marca de confiança que ofereça soluções duráveis e que tenha estrutura no Brasil. Os serviços de pós-vendas como suporte telefônico, centro de reparos nacional e a garantia estendida são os grandes diferenciais da Fronius no Brasil”, observa Borin.