Mercado Livre de Energia vira primeira opção das indústrias, afirma especialista

O segmento de metalurgia e produtos de metal, que são os mais eletrointensivos do ambiente livre, demandaram em janeiro de 2021, 22% do consumo do Ambiente de Contratação Livre (ACL), sendo, portanto, o maior consumo entre as indústrias, seguido do setor alimentício, segundo dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Para Braz Justi, CEO da Esfera Energia, empresa de tecnologia que atua com gestão e comercialização de energia, a expectativa é que até o fim de 2021, exista uma migração ainda maior de outros setores da economia para a compra direta. “Isso porque esperamos que as empresas e pessoas estejam cada vez mais informadas sobre as vantagens da adesão, tais como liberdade de escolha do fornecedor, contratação de carga sob medida, redução de até 35% nos custos com energia elétrica, sustentabilidade, entre outros”. 

“O mercado livre de energia oferece expressiva economia em relação ao mercado cativo, o que acaba sendo uma oportunidade para as empresas, principalmente em um momento de tantas incertezas econômicas”, afirma.

Com um crescimento de 20% no primeiro trimestre de 2021, a demanda do mercado livre de energia através dos grandes consumidores que compram diretamente de comercializadores ou geradores, tem aumentado cada vez mais, e, já consta que 80% das indústrias brasileiras estão negociando com o mercado livre de energia, de acordo com dados da Abraceel.

“O setor metalúrgico e dos produtos de metal é um dos que mais consomem energia no mercado, por isso a expectativa é que a migração para o Mercado Livre de Energia seja cada vez mais expressiva”, conclui Justi.