Com as empresas globais presentes no Brasíl, o mercado brasileiro tem à disposição as mesmas tecnologias e os mesmos produtos encontrados em países que estão muito à frente quando o assunto é Indústria 4.0 e manufatura avançada.
“As tecnologias de automação evoluem a cada dia. Tudo isso por uma demanda crescente por personalização. Antigamente, era fácil dimensionar uma linha de produção para um único produto, mas com a nova demanda, as empresas têm buscado set-up rápido dos processos para atender o mercado”, resume o diretor Geral da Schunk.
No que diz respeito ao desenvolvimento de soluções, Anthero cita o mercado de garras: “A evolução é constante e está acontecendo cada vez mais rápido. Hoje, resultado da integração constante entre elétrica, eletrônica e mecânica, já existem garras capazes de identificar exatamente a peça que está sendo manipulada, realizar medições em processo e até mesmo definir se aquela peça está aprovada ou não, economizando assim tempo de produção e garantindo a qualidade do processo. Além disso, existem os modelos antropomórficos de garras, que simulam todos os movimentos da mão humana, com sensores que identificam o mais leve toque no produto, podendo trabalhar lado a lado com o ser humano, sem causar nenhum ferimento no caso de contato homem-robô”.
Pineda, por sua vez, fala sobre o novo robô colaborativo (cobot) da Universal Robot, o UR16e, com 16 kg de capacidade de carga útil, alcance de 900 milímetros e repetibilidade de +/- 0, 5 mm, “o que torna o equipamento ideal para automatização de tarefas de manipulação de partes e materiais pesados”, comenta o gerente de vendas da UR no Brasil, frisando que, “esse cobot, desenvolvido na iplataforma e-Series da UR, é uma grande oportunidade para preenchermos uma lacuna no mercado brasileiro, ampliando as atividades dos fabricantes do setor industrial que podem utilizar nosso equipamento”.
No setor industrial também vem sendo registrado crescimento dos AGV – Autonomous Guided Vehicles, que exigem guia para movimentação – e dos AMR – Autonoumos Mobile Robot, que são livres e gerenciados por um software. De acordo com Ricardo Gonçalves, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Pollux, esses equipamentos – “que foram introduzidos no mercado brasileiro pela Pollux, há pouco menos de três anos, oriundos da Dinamarca – integram-se a robôs e dispositivos mecânicos, realizando o transporte de cargas com até 1 tonelada por toda a planta, e otimizam os recursos humanos, realocando colaboradores para tarefas em que seu potencial seja melhor empregado. Dessa forma, atendem necessidade premente da área de intralogística”.
Essa tecnologia cresce rapidamente e precisa de menos periféricos e acessórios do que um braço robótico. Além disso, integra-se com robôs ou dispositivos mecânicos que deem autonomia para o AMR e, em consonância com o projeto e o nível de automação, pode crescer aos poucos, até total automação. Outro benefício é que, como dispensa estrutura para se locomover – “não é necessário realizar alterações no layout da fábrica para implantá-los – este robô móvel também é considerado colaborativo, pois ao encontrar um obstáculo na rota definida, consegue traçar um novo caminho e finalizar a tarefa, evitando qualquer prejuízo devido a atrasos ou paralisações. Outra grande diferença entre o AMR e o AGV, é o fato de que o robô móvel pode ser facilmente reprogramado, podendo realizar diversas tarefas e percorrer diferentes caminhos em um mesmo dia”, resume Gonçalves.
Outra novidade da Pollux é o Flex AI, uma solução que combina robótica, sistema de visão e inteligência artificial para inspeções múltiplas ou complicadas. Desenvolvido especialmente para componentes com geometrias complexas ou com diversos pontos críticos, garante controle de qualidade de 100% da produção, prevenindo retornos de lotes ou recalls e prezando pela reputação das marcas. O produto realiza inspeções em diferentes faces e pontos da sua peça/equipamento através da captura de imagens por sistema de visão e análise imediata e automática em software exclusivo. A tecnologia de Inteligência Artificial integrada permite a criação de inúmeros padrões positivos e negativos, além de emitir relatórios gerenciais em tempo real.