O marco regulatório do saneamento está expandido investimentos a curto, médio e longo prazos, objetivando o interesse de grandes investidores no Brasil e no mundo com suas tecnologias em produtos e prestação de serviços.
Como comenta Estela Testa – presidente do Conselho de Saneamento Ambiental e do Sindesam, da ABIMAQ, “os anos de 2022 e 2023 prometem atrair R$ 17 bi em investimentos em concessões de saneamento. A previsão da Abcon Sidcon é de 22 projetos leiloados até dezembro de 2023, sejam concessionarias públicas ou privadas que estão implementando seu planejamento estratégico e muitas obras estão acontecendo”.
Israel Júnior garante que esse cenário “tem impactado positivamente nossos negócios. Já é possível sentir os efeitos na procura por produtos e equipamentos desse setor”. Agrega informações sobre o setor de óleo e gás, para o qual a Gemü conta com produtos indicados para sistemas de produção e transporte FPSO — Floating Production Storage & Offloading Vessel.
“Os reflexões foram imediatos já a partir de 2021”, confirma Roberto Fukumaru Lucio, diretor Comercial na Sancotec – Saneamento, Construções e Tecnologia, representante e distribuidora exclusivo para o Brasil da espanhola Toro Equipment e da Tecniplas Equipamentos em PRFV, Polímero Reforçado com Fibra de Vidro
Esses resultados justificam a chegada da Toro ao Brasil, com investimento em estrutura comercial e de montagens neste país. “Estamos prontos para atender a demanda de todo mercado, não somente na área de saneamento, mas também no segmento de indústrias de forma geral”, garante Fukumaru, ao anunciar que “é muito grande a perspectiva de implantarmos uma unidade no Brasil a partir de 2025”.
Com diversos produtos para as diferentes fases de uma estação de tratamento de águas residuais dupla – a exemplo de sistemas de pré-tratamento, flotation systems e sistemas de dosagem química – “a Toro Equipment tem entre suas prioridades o cuidado ambiental em qualquer parte do seu processo”, declara Furukawa, o que é comprovado pela “vida útil mais longa dos tanques, bem como a baixa pegada de carbono de seu processo de fabricação garante baixas emissões de carbono”.
O Marco Legal do Saneamento, na visão de Sidney Guedes, gerente de Vendas Nacional da Netzsch do Brasil, “criou uma nova perspectiva para o setor ao permitir um ambiente que favorece a competitividade e a sustentabilidade, além de viabilizar maior participação do capital privado. Neste sentido temos acompanhado inúmeros projetos que encontram-se em andamento em diversos municípios do Brasil”.
O portfólio da empresa contém extensa linha de produtos focados no saneamento – trituradores para elevatórias de esgoto bruto, soluções de deslocamento positivo para bombeamento de esgoto e lodos em diferentes concentrações, bombas de dosagem de químicos em plantas de tratamento de água e esgoto – o que não impede que a Netszch siga investindo “em novos projetos para monitoramento das condições operacionais dos equipamentos baseado na tecnologia IoT, assegurando um perfeito funcionamento de nossos equipamentos permitindo uma operação continua e segura”, frisa Guedes.
Confiante nesse desenvolvimento do setor de saneamento – mesmo com a Bray Brasil ainda não estando percebendo os reflexos – Dalva Mello defende a “participação de empresas privadas neste setor, tanto para oxigenar a parte tecnológica desta área que com o passar dos anos se engessou tecnicamente, trabalhando inclusive muitas vezes com descritivos técnicos não utilizados em nível mundial, como para aumentar a velocidade das obras, uma vez que a população não atendida é grande e somente usando empresas públicas fica inviável o alcance rápido de toda a população ”.
“A Industria brasileira é uma indústria criativa e potente. O que nos falta, e temos gritado sobre isso, é um ambiente mais amigável que venha a colaborar com maior agilidade e menos custos à indústria. Isso significa uma política tributária e fiscal mais adequada, mais simplificada“, reivindica a representante da Bray Brasil, fabricante de válvulas, atuadores, posicionadores e acessórios.