Coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, o Novo Rio Pinheiros é um projeto em desenvolvimento pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
O projeto Novo Rio Pinheiros, que é uma das prioridades do Governo do Estado de São Paulo, prevê intervenções nas áreas de todas as sub-bacias dos grandes afluentes do Pinheiros, onde vivem cerca de 3,3 milhões de pessoas, incluindo ainda ações socioambientais para engajar a população na recuperação dos cursos d’água da região, informa Ronaldo Camargo, presidente da EMAE.
“Para limpar o rio tem de isolar a chegada de esgoto e lixo, e é aí que entram as indústrias da ABIMAQ”
Ronaldo Camargo, presidente da EMAE
Até o momento, de um total de 14 licitações para execução de obras de esgotamento sanitário nas sub-bacias do Pinheiros, a Sabesp já concluiu duas (Zavuvus e Pedreira) e lançou os outros 12 editais. Para setembro, está prevista a publicação do edital para construção das estações de tratamento de esgoto especiais, que vão cuidar diretamente da água de alguns afluentes.
A EMAE, proprietária da calha do Rio Pinheiros, em paralelo, vem realizando o desassoreamento e desaterro do rio, sendo que, no período de janeiro a junho de 2019, foram retiradas 2,3 mil toneladas a um custo de R$ 3,5 milhões. Este é o maior desassoreamento realizado no rio Pinheiros pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE), comemora Camargo, ao informar que neste processo serão investidos inicialmente R$ 32 milhões. “A previsão é que, em até 12 meses, sejam desassoreados 500 mil metros cúbicos. O planejamento prevê ainda a remoção de 2,4 milhões de cúbicos de sedimentos nos próximos anos”, explica.
Além disso, “para limpar o rio tem de isolar a chegada de esgoto e lixo, e é aí que entram as indústrias da ABIMAQ”, constata o presidente da EMAE, ao falar do desejo de todos os envolvidos por parte do Estado de trabalharem com a indústria nacional. Por esse motivo, de acordo com Camargo, “estamos dialogando com a ABIMAQ, passando nossas necessidades, para não termos de buscar fora o que precisamos desenvolver para o projeto ter o sucesso desejado”.