Orientação dos fabricantes para o mercado comprador

Adquirir uma máquina de conformação de metal, corte, dobra e solda é uma tarefa para especialistas. No entanto, a empresa que precisa adquirir o equipamentos tem uma necessidade a ser suprida e nem sempre – ou quase nunca – tem conhecimento profundo sobre as tecnologias e os processos, tornando essencial o assessoramento do cliente. Brasil recomenda ao comprador ter “um especialista de corte junto a ele, que consiga olhar o projeto, definir o necessário e dimensionar o equipamento mais indicado. Ao vendedor cabe o trabalho burocrático, mas a venda é técnica”.

Complementando, o diretor-executivo do BLM Group indica como caminho agregar “à existência de um serviço de assistência técnica, suporte técnico, disponibilidade de peças sobressalentes e atendimentos à legislação”.

Lembrando a necessidade de conhecer e atuar na redução dos custos invisíveis na produção – dificuldade em operar uma máquina, tempo de substituição de insumos e de consumíveis, custo e disponibilidade das peças de reposição e tempo de atendimento para manutenção do processo e da máquina –, Edson Urtado, gerente Nacional de Vendas do Segmento de Distribuição da Hypertherm, solicita que “a indústria usuária de máquinas e equipamentos analise o fornecedor de uma forma mais técnica”.

A sugestão de Visetti também é uma reivindicação ao mercado: “Precisa haver mudança de mentalidade do industrial para olhar o custo da peça produzida no equipamento e o payback. No Brasil. o que tem menos preço ganha”.

Nove passos

De forma didática, o engenheiro de Aplicações da Esquadro lista os principais cuidados a serem considerados por uma empresa que pretende adquirir uma máquina de conformação.

  1. É imprescindível certificar-se de que a máquina em questão é tecnicamente adequada ao processo, é a máquina certa.
  2. Fazer análise detalhada do descritivo técnico e das especificações da máquina, comparações técnicas entre as opções disponíveis e usar o conhecimento da equipe de vendas e engenharia dos fabricantes para sanar as dúvidas.
  3. Ir às instalações do fabricante para conhecer de perto os processos de fabricação e o padrão de qualidade.
  4. Visitar máquinas em operação em outras empresas e solicitar ao fabricante uma relação de referências de clientes para informa-se sobre a experiência de compra e uso do produto.
  5. Avaliar a viabilidade de adquirir máquinas com automação, o que tende a diminuir a necessidade de intervenção manual do operador, aumenta a segurança, aumenta a produtividade e reduz o custo operacional.
  6. Avaliar como está o nível tecnológico da máquina a ser comprada. Há fabricantes que ainda usam o mesmo projeto de 20 anos atrás, ou mais, dessa forma o cliente fica sujeito a comprar uma máquina que já está tecnologicamente defasada.
  7. Avaliar a estrutura de pós-vendas (peças & serviços) é fundamental, ter um apoio eficiente e eficaz é tão importante quanto ter uma boa máquina.
  8. Atentar-se ao prazo de entrega e se certificar quantos às obrigações no cumprimento deste quesito.
  9. Avaliar por fim, a solidez financeira e estabilidade do fabricante, fazendo as devidas verificações, especialmente antes do pagamento do sinal, a fim de evitar futuros transtornos e prejuízos.