Os cinco atos de um projeto em desenvolvimento contínuo

2016 – Primeira Edição

O Demonstrador foi idealizado no final de 2015 para aquela que se tornaria a principal feira do setor industrial da América Latina, a Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos – FEIMEC, lançada em maio de 2016. Nasceu de um desafio proposto pelas empresas associadas à Abimaq em expor e destacar o que o Brasil tinha de conhecimentos, equipamentos e inovação tecnológica dentro do conceito da indústria 4.0. Naquela primeira edição, 22 empresas encamparam o desafio à primeira linha Demonstradora de Indústria 4.0 exposta em feira no Brasil. O sucesso do projeto pode ser dimensionado pelos diversos convites internacionais de apresentação, iniciando um movimento não só nas esferas empresariais, mas também nas iniciativas e estratégias governamentais do País, a exemplo de editais para desenvolvimento de testbeds promovidos pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e grupos de trabalho no âmbito do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação ( MCTI) e do Ministério da Economia (ME).

2017 – Segunda Edição

Uma versão aprimorada foi exposta, em 2017, na Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Automação – EXPOMAFE 2017. Com novas tecnologias imersivas e interativas, o projeto integrou o movimento que estava em ascensão e sendo desmitificado no setor metalmecânico, envolvendo as Indtechs ou startups industriais, além de novos centros de tecnologias e universidades. O Senai ingressou no projeto e pôde mantê-lo efetivamente instalado em uma de suas instalações, viabilizando novas iniciativas, além de utilizá-lo para validação e testes de novas tecnologias pelas empresas e para capacitação de alunos, colaboradores de outras empresas e até em programas de transformação digital, a exemplo o Programa Brasil Mais Produtivo, capacitando empresas no uso das tecnologias de transformação digital e indústria 4.0. Essa segunda versão do projeto também foi levada pela ABIMAQ para exposição na Colômbia Tech, uma feira internacional do setor têxtil.

2018 – Terceira Edição

Em 2018, na segunda edição da FEIMEC, o projeto começou a sinalizar a necessidade de destacar as chamadas tecnologias ocultas, ou seja, basicamente o que não é fisicamente visto em uma planta com as tecnologias habilitadoras 4.0 instaladas, a exemplo de ferramentas de gestão industrial (MES, ERP etc.), uso da nuvem (cloud), aplicações de inteligência artificial, a integração, entre outros.
A ciber-física e as ferramentas digitais como realidade aumentada e a realidade virtual foram tecnologias que puderam ser expostas de forma individualizada. Essa decisão favoreceu a implantação de uma célula completa, com seus processos inteligentes e flexíveis e um espaço para expor as tecnologias ocultas. Com esse desenho foi viabilizada a demonstração para a indústria de uma nova forma de iniciar os projetos de transformação digital de suas instalações.

2019 – Quarta Edição

Observando a abordagem da feira anterior e estudando em pesquisas diversas os desafios que a indústria vinha enfrentando nessa jornada da indústria 4.0, o projeto levado à EXPOMAFE 2019 passou por nova transformação: uma apresentação totalmente clusterizada, ou seja, o que anteriormente se materializava numa linha completa, inteligente e adaptativa com todos os conceitos embarcados, pôde ser “explodida” em aplicações das atividades pontuais de uma indústria.

2022 – Quinta Edição

Toda a bagagem e experiência adquiridas com as edições anteriores, tornaram a edição de 2022 desafiadora, inclusive porque o mundo está saindo de uma série de restrições suportadas por diversas tecnologias de comunicação e gestão, permitindo que muito do que era realizado de forma presencial pudesse ser administrada, gerenciada e organizada de forma remota.
Desse modo, a própria realidade do projeto em demonstração na FEIMEC 2022 seguiu a “nova” forma de realizar reuniões. “Foram mínimos os encontros presenciais, o desafio do tempo foi suportado, as fronteiras regionais foram derrubadas, empresas de diversas regiões do País se envolveram num movimento encantador para confirmar que a indústria brasileira é, sim, adaptativa, flexível e muito capacitada para atender os desafios de transformação digital, e que o movimento humano dos membros da equipe, com o suporte das empresas em que atuam, trouxe para esse projeto a beleza de uma transformação digital de forma muito humanizada”, comemora Denis Maurício, com a certeza de que quem for à FEIMEC 2022 encontrará novidades também nas tecnologias presentes no Demonstrador da Indústria 4.0.