A surpresa positiva do PIB no último trimestre de 2021 combinada ao aumento no preço das commodities e estímulos oferecidos pelo governo ao consumo das famílias elevou as expectativas de desempenho econômico neste ano de 2022.
O setor fabricante de máquinas e equipamentos registra desempenho positivo pelo terceiro ano consecutivo e, “apesar de algumas atividades industriais terem iniciado o ano com desempenho mais fraco em função do elevado índice de contaminação pela Covid-19 nas festividades de fim de ano, fevereiro e março indicam retorno da recuperação, a exemplo de máquinas para uso industrial”, informa José Velloso, presidente-executivo da ABIMAQ, ressaltando que esse movimento levou “o primeiro trimestre a registrar crescimento do faturamento real e do faturamento líquido, respectivamente 0,8% e 0,4% acima do computado no mesmo período do ano passado.
Velloso também sinaliza a retomada das exportações, que no primeiro trimestre de 2022 evoluíram 29% em relação ao mesmo período do ano anterior, e garante: “Este quadro deve viabilizar mais um ano de crescimento nos investimentos em máquinas e equipamentos. Ainda que a expansão não ocorra de forma homogênea entre os setores da economia, a expectativa é de que setores ligados ao agronegócio, beneficiados pelos melhores preços no mercado internacional, e os ligados à infraestrutura, que contam com diversos projetos em andamento, deverão sustentar o desempenho de 2022”.
Desse modo, a expectativa da ABIMAQ segue positiva, mantendo o bom desempenho no ano, com estimativa de evolução média de 5% em faturamento real e 15% em exportações.
Cristina Zanella, diretora do Departamento de Competitividade, Economia e Estatística da ABIMAQ, com base nos levantamentos mensais realizados pelo DCEE, sinaliza que algumas outras atividades, “como as ligadas ao setor de infraestrutura, agrícola e extrativo, não interromperam o bom desempenho e neste primeiro trimestre e acumulam crescimento importante”. Máquinas agrícolas, por exemplo, no período, registrou crescimento de 10% e máquinas para construção, de 8,3%.