Projeto MiBi: cooperação em prol da indústria nacional

Estruturar a cadeia para fabricar no Brasil componentes críticos importados por falta de similar nacional utilizados pela indústria automobilística, promovendo desenvolvimento tecnológico, inclusive de máquinas e equipamentos. Essa afirmação de Erwin Franieck – da SAE Brasil – resume os objetivos do movimento Made in Brasil Ilimitado (MiBi).

“O sucesso obtido com o consórcio para desenvolvimento de ventiladores pulmonares – que permitiu a fabricação de mais de 15.000 desses equipamentos em três meses, com nacionalização de componentes em falta no mercado internacional – estimularam essa ação de nacionalização do que é estratégico para a indústria automotiva aqui instalada. Para isso, estamos escolhendo projetos-piloto dentro de cinco principais commodities tecnológicas, para atuarmos em toda a cadeia com a proposta de consorcio, usando todas as parcerias e recursos disponíveis”, explica Franieck, ao informar que a escolha está sendo realizada em conjunto com as associações, considerando as chances reais de nacionalização e oportunidades de aumento de competitividade.

Iniciado em agosto de 2020, o MiBi já conta com cinco grupos técnicos, agrupados por componentes (metálicos, eletroeletrônicos, conjuntos mecânicos, plástico e transmissões automáticas) compostos por pessoas e empresas com foco em viabilizar a nacionalização, começando com um produto-piloto e estabelecendo meta de redução de importações por commodities. A estimativa, diz Franieck, é ter resultados efetivos a médio prazo, de 2 a 5 anos de acordo com a complexidade que possibilitem, gerando redução de importações que, em 2019, estiveram ao redor de US$ 50 bilhões ao ano.

No MiBi estão Anfavea, Sindipeças, ABIMAQ, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), SAE BRASIL, IPDMAQ – Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Máquinas e Equipamentos e outras entidades, assim como o Ministério da Economia, através da Coordenadoria-Geral de Implementação e Fiscalização de Regimes Automotivos. Danilo Lapastini, presidente do Conselho Automotivo da ABIMAQ integra o movimento.