Em linhas gerais, são quatro normas ISO e uma instrução técnica, duas focadas no fabricante e as demais voltadas ao integrador e/ou ao usuário final. São elas: ISO 10218-1; ISO 13849-1; ISO 10218-2; ISO TS 15066 e ISO 12100.
Denis Pineda resume essas recomendações e alerta para o fato de que esses equipamentos devem atender os itens da ISO 10218-1:2011 e da ISO 13849-1:2008. Já as aplicações com os robôs colaborativos devem atender o item ISO 10218-2:2011 e mandatoriamente ter a apreciação de risco a ser conduzida de acordo com itens da ISO/TS 15066 e da ISO 12100.
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Lembra, ainda, que a ISO 10218:1 foi recentemente traduzida e analisada pelo comitê CB04 da ABNT, estando em fase de publicação. Destaca que essa recomendação técnica e a ISO 13849-1 se relacionam na secção 5.4.2, com a ISO 10218:1, definindo que “Componentes de segurança relativos a controle de sistemas devem ser projetados para anteder PL=d conforme descrito na ISO 13849-1:2008”.
No que toca à NR-12, Pineda frisa que a “Nota Técnica DSSTSIT nº 48_2016 conclui que máquinas importadas construídas com os conceitos da ISO 13849 não devem ser consideradas em desacordo com a NR-12, pois existe correlação entre os conceitos de categoria de segurança e Level”.
Resumos
ISO 10218-1:2011 – Safety requirements for industrial robots: o propósito desta norma é prover princípios e definições para fabricantes de robôs industriais. De maneira mais específica esta norma descreve os requisitos de segurança e no caso dos robôs colaborativos a secção 5.10 especifica que os robôs desenhados para tal uso devem atender um ou mais dos pré-requisitos:
• 5.10.2 Safety rated monitored stop
• 5.10.3 Hand guiding
• 5.10.4 Speed and Separation mode
• 5.10.5 Power and force limiting by inherent design and control
ISO 13849-1:2008 – Safety related parts of control system: esta norma descreve componentes relacionadas à segurança de controle de sistemas e contém definições das categorias de segurança e nível de performance ou PL (Performance Level)
ISO 10218-2:2011 – Safety requirements for integration of robots: esta norma descreve os pré-requisitos de segurança para integração de robôs. Seu propósito é definir princípios para integradores de robôs industriais. Algumas considerações são muito relevantes, tais como definições de espaço de trabalho, espaço restrito, espaço colaborativo, posição de controles e paradas de emergência, desenho de ferramentas e posição do operador.
ISO/TS 15066 – Collaborative robots technical specifications: esta instrução técnica foi escrita pelo comitê ISO/TC 299 em que participaram os cinco maiores fabricantes de robôs colaborativos (KUKA, ABB, FANUC, Rethink Robotics e Universal Robots). A instrução define métodos de avaliação de risco para situações de possível contato entre homem e cobot através da mensuração de força e pressão do sistema que são comparados a áreas específicas do corpo humano cujos limites são especificados na instrução.
ISO 12100 – Guidance for performing risk assessment: esta norma internacional tem a respectiva NBR ISO 12100 que especifica a terminologia básica, os princípios e uma metodologia para obtenção da segurança em projetos de máquinas.