Os efeitos do pré-sal também se materializam nos Estados que sediam os poços. Em São Paulo, por exemplo, parte do gás originado na Bacia de Santos será utilizado em usinas termoelétricas e os resultados da exploração resultam em benefícios para a atividade produtiva da região.
Como informou João Carlos Meirelles, secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, durante o XI Seminário Anual do Conselho de Óleo e Gás da ABIMAQ – realizado em São Paulo (SP), em 31 de agosto –, há dez anos, o Estado recebia muito pouco. Em 2017, foram R$ 2,5 bilhões em royalties e participações especiais e, até agosto de 2018, registra recursos superiores ao do ano anterior, tudo isso em resposta ao aumento da produção do pré-sal e aos preços do petróleo no mercado internacional.
Esses resultados favoreceram, por parte do Estado, o apoio ao setor de máquinas e equipamentos para o setor de petróleo e também está viabilizando investimentos via parceria da Empresa Metropolitana de Águas e Energia – EMAE, vinculada à Secretaria de Energia e Mineração, com dois grupos para construção de duas termoelétricas a gás natural, no bairro de Pedreira, zona sul da capital paulista, ao lado da termoelétrica de Piratininga, entre o Rio Pinheiros e a Represa Billings.
“Já estamos terminando a fase do EIA-Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) para a primeira termoelétrica, com potência de 1,8 gigawatts, que consumirá 7 milhões de metro cúbicos de gás por dia e receberá investimento da ordem de R$ 7 bilhões pelo setor privado (Gasen, em consórcio com a parceira alemã Siemens). A outra termoelétrica, a ser implementada na mesma região, terá 400 megawatts, está em processo de conclusão de um acordo com os investidores (AES) e deve começar em 2019”.