O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou o financiamento da implantação de 14 usinas fotovoltaicas, que geram energia elétrica a partir do sol, no município de Janaúba, no norte de Minas Gerais. O empreendimento tem capacidade de gerar 700 Megawatts (MW) de energia limpa e renovável para o sistema elétrico brasileiro, o equivalente ao abastecimento de 933 mil residências. O projeto é o maior complexo solar em construção na América Latina. Além disso, as obras para a instalação das usinas vão gerar 1.265 postos de trabalho.
O financiamento do BNDES às 14 Sociedades de Propósito Específico (SPE) constituídas para esse projeto será de R$ 1,47 bilhão. Esse montante equivale a 72% do investimento total, de R$ 2,04 bilhões, e ocorrerá de forma direta, no âmbito do BNDES Finem. As SPEs foram batizadas como Janaúba I Geração Solar Energia S.A., Janaúba II Geração Solar Energia S.A e assim em diante até a Janaúba XIV Geração Solar S.A. Elas pertencem à Elera Renováveis, braço de energia da gestora de ativos canadense Brookfield.
“O apoio ao Complexo Fotovoltaico Janaúba demonstra o compromisso do BNDES com projetos que ampliem a participação das fontes renováveis na matriz energética brasileira. Além de gerar emprego e renda no entorno, o projeto concilia a preservação do meio-ambiente com o desenvolvimento do País”, explicou Petrônio Cançado, Diretor de Crédito e Garantia do BNDES.
Os investimentos nessas 14 usinas envolvem sobretudo a aquisição de módulos fotovoltaicos (painéis que captam a irradiação solar e a transformam em energia elétrica), de trackers (sistema que orienta a angulação das placas solares para captação do sol) e de inversores (equipamento que armazena e distribui a energia captada pelos painéis). Mas também haverá obras civis para construção da subestação e a instalação das linhas de conexão para integração ao sistema interligado nacional.
Todos estes investimentos do BNDES em usinas de geração solar estão alinhados ao esforço do Plano Nacional sobre Mudanças Climáticas (PNMC) para redução das emissões de gases de efeito estufa. O Plano também busca manter elevada a participação de energia renovável na matriz elétrica, preservando posição de destaque que o Brasil sempre ocupou no cenário internacional.
O esforço do Banco também vai ao encontro do Plano Nacional de Energia 2030, do Governo Federal, com estratégias para expansão de energia econômica e sustentável pelos próximos anos. Ainda que não haja menção expressa à energia solar no PNE, o financiamento a iniciativas de geração de energia fotovoltaica aumenta a participação das fontes renováveis na matriz energética brasileira e alinha-se aos esforços do Banco em apoiar empreendimentos nas características ambiental, social e de governança, disseminados nas siglas ESG, em inglês, e ASG, em português.