Empilhadeiras: baterias em foco

Movimentação e armazenagem são atividades em que as empilhadeiras têm atuação expressiva. A busca de sustentabilidade vem influenciando a evolução desses produtos, seja pelo uso cada vez menor de equipamentos à combustão, seja na busca por baterias mais eficientes.

Marin – gerente de Vendas do Grupo Kion no Brasil – entende essa migração como um processo de conscientização, que exige do fabricante/fornecedor “saber mostrar ao cliente as vantagens das máquinas elétricas e detalhar qual o real custo de investimento ao longo do tempo se compararmos com as máquinas à combustão, levar em consideração as vantagens e desvantagens, mostrar os valores e a diluição do investimento a médio prazo para que o cliente perceba o custo-benefício da mudança. Nosso mercado está em constante evolução, as contrabalançadas elétricas ainda têm muito a evoluir, diferentemente da Europa onde a curva já se inverteu, mas no Brasil o investimento a médio e longo prazos ainda possui uma certa resistência. Mesmo assim, a evolução nos últimos dois anos é considerável”.

Essa migração para os equipamentos elétricos, segundo Bruno Almeida. coordenador de produtos da Somov – empresa do Grupo Sotreq especializada na comercialização e manutenção de empilhadeiras das marcas Hyster e Yale – é favorecida pelo melhor custo operacional (manutenção e combustível) quando comparado aos modelos a combustão.

Na busca de baterias mais eficientes e de duração mais longa, investimentos são praticados pelos fabricantes que listam, entre as opções, as baterias de Li Ion, que, contudo, exigem detalhamento ainda maior da relação custo-benefício.

O mais recente movimento nesse tabuleiro envolve aliança entre a Jungheinrich e a Triathlon Holding, com a fundação da JT ENERGY Systems GmbH, uma joint venture focada na produção e reciclagem de sistemas de baterias de lítio. A sede da nova empresa será na cidade de Glauchau, na Alemanha. Dependendo de aprovação por parte das autoridades competentes, a parceria é sustentada em 70% de participação da Jungheinrich e 30%, da Triathlon. A intenção é iniciar as operações em agosto de 2019, gerando cerca de 100 novos empregos locais nos próximos anos.