Indústria preparada para atender expansão dos investimentos em infraestrutura

O Plano Integrado de Longo Prazo da Infraestrutura 2021-2050, também chamado de PILPI, é um documento elaborado pelo Comitê Interministerial de Planejamento da Infraestrutura (CIP-INFRA), a ser revisado bienalmente e cuja primeira versão foi publicada em 2021. Entre outros aspectos, esse estudo reconhece a importância de o governo tornar mais atrativos financeiramente os projetos em infraestrutura que oferta aos investidores privados, abrindo “espaço para direcionar os escassos recursos do orçamento público a projetos de benefícios difusos e de maior risco”.

Além disso, a instituição do PILPI objetiva não somente consolidar os planos setoriais existentes, mas também – como consta do próprio documento – promover ”a compatibilização entre parâmetros e metodologias utilizadas no exercício de planejamento da infraestrutura, assim como a disseminação de boas práticas entre os setores (uns com processos mais maduros que outros), favorecendo que em futuro próximo o governo federal amplie a disponibilidade de projetos passíveis de beneficiar a sociedade e a economia em geral”.

As indústrias que fornecem para o setor de infraestrutura colocam à disposição dos seus clientes máquinas modernas, conectadas e com qualidade em nível mundial

E no que diz respeito à iniciativa privada, o setor está recebendo investimentos. A Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), por exemplo, estima que este ano a comercialização de máquinas da linha amarela (movimentação de terra) pode alcançar um recorde histórico: serão 35,2 mil unidades vendidas em 2022, o que representa alta de quase 13% ante 2021. Essa quantidade superará o antigo recorde, datado de 2013, com a entrega de 33,4 mil unidades.

Os especialistas em tecnologia reunidos na Sobratema têm sua contraparte na ABIMAQ, entidade representativa da indústria de máquinas e equipamentos que congrega na Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias (CSMR) as empresas que fornecem para o setor de infraestrutura e colocam “à disposição dos seus clientes máquinas modernas, conectadas e com qualidade em nível mundial”, constata Alexandre Bernardes, presidente da CSMR.

Tecnologia de ponta e indústrias globais

“As empresas aqui instaladas são os principais players globais, que sempre acreditaram no potencial do nosso país, por mais desafiador que seja”, reforça Bernardes, ao afirmar que “no Hemisfério Sul não há nenhum outro lugar produzindo máquinas rodoviárias. E isso se reflete na opção de tecnologias ao dispor dos clientes”.

A oferta ao mercado brasileiro pelas produtoras de classe mundial da mesma tecnologia de ponta ofertada fora do Brasil está entre as principais contribuições das indústrias de máquinas e equipamentos para o sucesso da cadeia de infraestrutura, assevera Everson Cremonese, diretor de Vendas para a Área de Agregados Minerais da Metso Outotec.

“Como temos base instalada local – fabricação, engenharia e serviços, entre outros, a contribuição é ampla. Também em relação a aspectos de sustentabilidade (agenda ESG, sigla em inglês formada por Environmental, Social, and Corporate Governance, que em português significa governança ambiental, social e corporativa), podemos oferecer equipamentos com comprovada redução de consumo de energia e de água, entre outras iniciativas”, argumenta Cremonese.

Para colocarem à disposição dos clientes máquinas cada vez mais modernas as empresas associadas à ABIMAQ investem em Pesquisa & Desenvolvimento e alocam recursos no aprimoramento e no lançamento de máquinas inovadoras, capazes de acelerarem a evolução da infraestrutura nacional.

“A contribuição do nosso segmento é dada desde o início da era automobilística no Brasil. Apoiamos o aperfeiçoamento da malha ferroviária, a implementação de linhas de energia, o saneamento básico, a cadeia de óleo e gás, a mobilidade urbana… Enfim, onde há necessidade de obras de infraestrutura, estamos presentes”, enuncia o presidente da CSMR, ao lembrar o reconhecimento da capacidade inventiva dessas empresas.

Como exemplo, Bernardes cita a CNH Industrial, eleita como a mais inovadora do setor pela terceira vez desde 2015, quando da primeira edição do prêmio, mantendo-se nas demais vezes entre as cinco primeiras de seu segmento. Além disso, neste ano, foi listada como a sétima mais inovadora entre as empresas brasileiras.

Antonio Mamede, presidente da Sobratema, também identifica o papel de destaque da indústria brasileira no sucesso da cadeia de infraestrutura. “O desenvolvimento industrial permite a construção de uma infraestrutura que realmente atenda as demandas da sociedade. Ao ter, por exemplo, equipamentos de alta confiabilidade, de mais produtividade, mais econômicos e com menor índice de emissões de poluentes, a operação torna-se mais eficiente, o que possibilita atender cronogramas e rapidamente entregar a obra às pessoas”, afirma.

O investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação feito pela indústria, na visão do presidente da Mamede, tem favorecido o lançamento “de equipamentos adequados aos diferentes segmentos da infraestrutura”. Exemplificando, cita o monitoramento remoto da frota ofertado pela indústria que, “pode antecipar problemas e garantir a máxima disponibilidade operacional e o menor custo de manutenção, evitando paradas não programadas”.

Agregando à conversa conceitos como ESG, o presidente da Sobratema frisa que “sustentabilidade, inclusão e segurança estão sempre em pauta da indústria como caminho para cumprir com seu papel frente à responsabilidade social e ambiental”.

Em outras palavras, como trabalha em prol da melhoria do País, a indústria investe continuamente em pesquisa, inovação e novas tecnologias, a fim de criar equipamentos mais produtivos, sustentáveis e seguros, fabricados em ambientes tecnologicamente avançados, dando sua contribuição para a ampliação da infraestrutura brasileira. E, se o ambiente for mais favorável à produção, tudo será potencializado.

Aumentar a atratividade para investimentos em projetos de infraestrutura, “como tem sido feito ao longo dos últimos anos” é inquestionável para Mamede: “As concessões e as parcerias público-privadas também estimulam que novos projetos realmente se tornem realidade, o que fomenta o crescimento das atividades industriais”.

Alexandre Bernardes, concordando com essa posição, nota que “o esforço do Governo Federal e dos Estados em minimizar os custos logísticos para a sociedade brasileira começa a proporcionar resultados, uma vez que é fundamental aumentar a competitividade das empresas e do agronegócio no Brasil”.

Nesse sentido, o presidente da CSMR lembra que “nossos principais concorrentes externos, seja no setor industrial ou no agro, já atuam com excelente logística em seus países. Isso se reflete no final da cadeia em produtos mais competitivos, além de amenizar, é claro, os inúmeros outros gargalos com os quais convivemos aqui. Nossa expectativa é enfrentar esses desafios para que o produto brasileiro ocupe um espaço cada vez maior, afinal, geramos progresso, emprego e renda em nosso país”.

Os gargalos existentes não se limitam aos pontos listados acima pelas duas lideranças. Conectividade, para o representante do setor de máquinas e equipamentos, situa-se no topo da lista, principalmente em áreas remotas, pois “boa parte das nossas máquinas já saem de fábrica conectadas. Há enorme carência de infraestrutura de conectividade em ambiente rural, mineração, florestal, dentre outros”.

No mesmo nível de importância, Bernardes situa a necessidade de profissionais com habilidades digitais e focados em novas tecnologias: “O operador da máquina, além de saber sobre o funcionamento de seu equipamento, precisa também conhecer os processos digitais. Ou seja, ter familiaridade com tudo aquilo colocado à sua disposição, visando a minimizar os custos de operação da máquina e a também saber interpretar as informações apresentadas pelo equipamento. Essa preocupação deve ser a tônica nos centros de formações de profissionais para o nosso segmento”.

O hiato entre o desenvolvimento por parte das indústrias e a operação por empresas usuárias das tecnologias, para Bracco, é suprida, em grande parte, pelas fabricantes, “que cada vez mais investem em treinamento dos operadores, presencialmente e a distância”.

Indústria e mercado: interdependência tecnológica

Para as indústrias que atuam no setor, levando às obras ganhos em produtividade, redução de custos operacionais e do desperdício de insumos, segurança para o operador e otimização, essa evolução é desenhada a quatro mãos.

“A indústria produz tecnologia, mas a cadeia também demanda de nós, fabricantes, produtividade, máquinas com altíssima segurança para o operador. Em resposta, fazemos propostas de novas tecnologias que são as atrações em feiras, encontros e contatos com o mercado”, observa Marcelo Bracco, diretor geral da Manitou para a América Latina, listando entre as demandas equipamentos com melhor performance, máquinas grandes e com menos emissões. Nesse sentido, a eletrificação é o caminho e cria máquinas mais simples, com menos componentes. Contudo, para equipamentos de grande porte a eletrificação precisa evoluir, e o hidrogênio, que exige tecnologia diferenciada, pode ser uma alternativa”.

Prevendo para o futuro a convivência entre tecnologias de powertrain adaptadas ao ambiente de trabalho e ciclos de trabalho dos equipamentos, Anderson Oliveira, gerente Comercial de Construção Civil da Yanmar, entende que “a eletrificação do trem de força e a alimentação da bateria são alternativas. A evolução esperada da tecnologia de baterias também favorecerá a autonomia de trabalho das miniescavadeiras elétricas e, juntamente com uma maior disponibilidade de soluções de carregamento, contribuirá para uso e demandas mais gerais por equipamentos eletrificados”.

A classe da máquina determinará a relação entre demanda elétrica e diesel, pois equipamentos menores são mais fáceis de eletrificar e de otimizar a autonomia de trabalho, salienta Oliveira, lembrando, contudo, que o alto custo desses equipamentos ainda “se constitui entrave para a comercialização no Brasil. Na Europa e América do Norte, a tendência é de longo prazo”.

Aliada da produtividade e importante diferencial para os usuários pelos inúmeros resultados proporcionados, a tecnologia incorporada às máquinas e equipamentos para o setor da construção e infraestrutura dá atenção especial a motores, cabines, softwares e eletrônica.

A qualidade dos investimentos em infraestrutura está diretamente relacionada aos benefícios econômicos que gera.

“Os motores estão cada vez mais econômicos e sendo desenvolvidos para reduzir a emissão de poluentes. No caso das cabines, aumentou a ergonomia e foram incorporados sensores eletrônicos que ajudam na operação e permitem uma visão espacial do entorno”, relata Mamede, agregando à receita “a inclusão de softwares para gestão, que estão cada vez mais confiáveis e abrangem número crescente de funções; e a incorporação da eletrônica, que, desde o projeto e a concepção do equipamento, está presente em motores, transmissão, segurança e conforto do operador, até a gestão da produtividade do equipamento”.

A parceria entre os dois extremos da cadeia e o rol de descompassos a serem alinhados são destacados também por Bernardes: “As soluções digitais já estão guiando os processos. Atualmente há inúmeras empresas fornecendo máquinas que auxiliam no aumento da eficiência das operações. São soluções que, por exemplo, de forma automática, definem a inclinação das lâminas ou das caçambas das máquinas e o controle do vetor a ser seguido pela máquina no corte de uma estrada, informando com antecedência possíveis falhas no sistema”, resume.

“Projetos de inovação e sustentabilidade, melhorias operacionais e foco no cliente são aspectos que têm norteado o desenvolvimento e a produção de máquinas e equipamentos no Brasil e no mundo. A evolução do mercado é rápida e alavanca toda a cadeia produtiva e regulatória do setor”, observa Paula Araújo, líder da New Holland Construction para a América Latina. Nesse sentido, a empresa tem desenvolvido equipamentos “cada vez mais conectados, com o advento do diagnóstico remoto, buscando maiores disponibilidade e produtividade nas obras de infraestrutura nos setores ferroviários, de energia, saneamento básico, óleo, gás e mobilidade urbana”.

Permeando a materialização de todas essas possibilidades, tendências e características solicitadas pelos clientes estão “conexões sem cabos para alimentação e tráfego de dados, pois as máquinas estão atreladas a operações cada vez mais digitais. A inovação é um propósito para gerar mais produtividade e sustentabilidade para os clientes”, complementa o presidente da CSMR.

Crescimento: caminho sem volta (?)

O uso de tecnologia de ponta por parte do mercado é desigual. Mamede lamenta a existência de “algumas resistências, que vêm diminuindo, mas ainda não foram vencidas. São os clientes que focam exclusivamente no valor do investimento e não estão atentos ao valor agregado que a tecnologia incorpora ao equipamento”.

Já o diretor de Vendas para a Área de Agregados Minerais da Metso Outotec, fazendo um recorte do mercado com base nos produtores de agregados minerais, adverte sobre desigualdades no uso de tecnologia na ponta da cadeia segundo as regiões do Brasil: “A região Sul e o Estado de São Paulo, de modo geral, têm usado equipamentos com tecnologia de ponta, de forma mais acentuada que outras regiões. Isso acontece porque existe grande competitividade nessas regiões”

Os ciclos de mudança em equipamentos usados em produtores de agregados, incluindo britadores e peneiras, entre outros, é mais alongado – garante Cremonese – e acontece em anos. Nestes casos, “a adoção de novas tecnologias pode reduzir custos com energia e taxa de desgaste de peças e do próprio equipamento. A tecnologia, no caso a automação, também pode ajudar em ganhos de produtividade, reduzindo paradas, com reflexos na redução de custo operacional e de energia, entre algumas tendências, além da possibilidade de monitoramento remoto, com vários benefícios”, reconhece.

Avanços em soluções capazes de tornar o uso das máquinas mais intuitivo e confortável, assim como em tecnologias de orientação de operação que entregam maior produtividade e menor custo operacional, são incontestáveis, enfatiza Paula Araújo, observando que “há desafios, que são conhecidos, e nós estamos trabalhando para vencê-los”.

Na relação da líder da New Holland Construction “da longa trajetória a ser percorrida para que a disseminação dessas tecnologias seja ampliada no segmento de equipamentos de construção”, o déficit em conectividade, principalmente em áreas remotas ocupa os primeiros lugares. “Entendemos que conectividade e inovação estão em um caminho sem volta. Já existem grupos formados por entidades, empresas dos setores públicos e privados que trabalham em conjunto para minimizar os gargalos e entraves para o crescimento”, assegura ela.

Reforçar a importância de aumentar os investimentos em obras nos principais segmentos do setor para que a cadeia produtiva de infraestrutura continue crescendo e estimular a pesquisa, o desenvolvimento e o fomento à capacitação de mão de obra, para Paula Araújo, mais do que prioridade exige “o envolvimento dos setores público e privado de forma a tornar o ambiente interno favorável às parcerias, uma legislação mais aderente ao atual contexto do País e a sustentabilidade como premissa do negócio”.

A obtenção de recursos para investimentos

A meta envolve superar o déficit geral de investimentos, mas o caminho ainda é longo, e uma coisa leva a outra, pois além de atrair mais investimentos, nas palavras de Paula Araújo, “possibilita a atração de investimentos, a geração de empregos, o crescimento econômico, o aumento na competitividade do País frente a mercados internacionais e a melhoria em serviços públicos prestados à sociedade”.

O que precisa ser feito, como bem frisou a líder da New Holland Construction, é sabido por todos. Vários indicadores medem o déficit de investimentos, e, embora com algumas variações de percentuais sobre o Produto Interno Bruto (PIB), uma certeza é patente: há queda na capacidade de aporte de recursos pelo Estado em infraestrutura e somente a criação de oportunidades favorecerá à iniciativa privada assumir a frente e investir, opção sinalizada pelos especialistas como mais eficiente e que mostrará retorno efetivos em menos tempo.

Projeções do Ministério da Economia, divulgadas em agosto, estimam que o País receberá ao redor de R$ 2,9 trilhões de investimentos nesse setor nos próximos dez anos, oriundos de concessões e privatizações. Os dados presentes no Monitor de Investimentos – plataforma desenvolvida pelo ME em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) – de 2023 a 2032, o país deve receber entre R$ 200 bilhões e R$ 300 bilhões de aportes em infraestrutura por ano.

O Ministério da Economia também estima que, entre 2023 e 2032, o setor de energia receberá cerca de R$ 950 bilhões; seguido de saneamento e transporte e logística, ambos com mais de R$ 560 bilhões; telecomunicações, acima dos R$ 350 bilhões; e mobilidade urbana, com valor próximo dos R$ 190 bilhões.

Contudo, para que essa previsão se concretize, além da participação direta da iniciativa privada, é imprescindível a adoção de reformas estruturais capazes de aumentar a produtividade, que envolve qualificação de mão de obra, simplificação tributária e ambiente de negócios mais atrativo.

Devagar e sempre, mas em condições de acelerar

O gerente Comercial de Construção Civil da Yanmar – anunciando que a empresa possui portfólio completo de equipamentos compactos dedicados ao setor de infraestrutura, variando entre uma e dez toneladas, utilizados basicamente em demandas no setor de saneamento básico, abertura de valas para cabeamento de telecomunicações, entre outras aplicações – informa que as obras contratadas em decorrência de Programas de Parcerias de Investimentos (PPI), Parcerias Público-Privadas (PPP) e de processos de licitação, “embora gerem demandas, principalmente, quando falamos dos nossos equipamentos, como as miniescavadeiras, ainda são poucos, mas aumentam gradativamente e conferem certa representatividade para nosso negócio”.

No caso da Metso Outotec, que, para a área de infraestrutura fornece britadores e peneiras e os equipamentos para produção de areia industrial, com destaque para os rolos de alta pressão (HRC), Cremonese salienta que, “no momento, o consumo de peças reflete o que está acontecendo nas plantas de clientes, que são produtores de agregados minerais para construção civil e infraestrutura: A venda de peças para esses clientes está aquecida e vende numa velocidade maior do que a dos equipamentos, cuja decisão de compra, devido à conjuntura, está mais demorada”.

Em resumo, os entrevistados concordam que 2022 segue propiciando retornos positivos para a maior parte dos segmentos da indústria brasileira, decorrentes da melhor percepção e das expectativas em relação à economia. Assim, mesmo que lentamente, investimentos em alguns segmentos vêm sendo estimulados, entre eles nas áreas de saneamento básico, rodovias, ferrovias e aeroportos. Em ritmo aquém do ideal e do desejado acontece a realização de leilões pelo setor público, concessões e PPPs, além da criação de marcos regulatórios.

Mamede fala sobre a concretização de alguns negócios relativos a esses temas: “Desde o Marco Legal do Saneamento, aconteceram nove leilões no setor, que resultaram em R$ 30 bilhões de outorgas para Estados e municípios, com investimentos previstos de R$ 42 bilhões. Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro são alguns Estados que já realizaram as concessões. Segundo dados da Abcon – Associação Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto –, a previsão é que até 2023, mais de duas dezenas de leilões sejam promovidos, em âmbito estadual e municipal”.

Nessa trajetória em prol da universalização do fornecimento de água e da coleta e do tratamento do esgoto, os investimentos acontecerão e chegarão à indústria de equipamentos, produtos e serviços para esse setor.
Na perspectiva da New Holland Construction – como anunciado por Paula Araújo – a marca poderá “ampliar os negócios no País, que poderiam ser ainda maiores se os investimentos em infraestrutura atingissem patamar alinhado à demanda de desenvolvimento nesses setores tão fundamentais para o Brasil”.

“As indústrias de máquinas e equipamentos contribuem para a aceleração de investimentos dedicados à infraestrutura, uma vez que os equipamentos otimizam a execução de obras e serviços dedicados ao setor, que são essenciais para o progresso socioeconômico do nosso país”, frisa o gerente comercial da Yanmar, recomendando às indústrias de máquinas e equipamentos focar no desenvolvimento de melhorias contínuas nos equipamentos que atendem o setor, para que eles possam trabalhar com excelência durante todos os processos.