YuMi, da ABB
Esse produto é citado pela fabricante como o primeiro robô verdadeiramente colaborativo do mundo. Desenvolvido para trabalhar lado a lado com seres humanos sem oferecer riscos à segurança, o robô possui dois braços emborrachados e tecnologia antiesmagamento, bastando um toque para que ele pare. O modelo permite diversas aplicações para a indústria de alimentos e bebidas, eletroeletrônicos, automotiva e muitas outras. O YuMi regeu orquestra ao lado de Bocelli e teve grande repercussão. Além disso, no Brasil, durante comemoração dos 105 anos da ABB, o YuMi fez uma obra de arte ao lado do artista plástico Caio Chacal, e o quadro ficou de legado para o Museu do Amanhã como um feito inédito.
Ao YuMi, no fim do ano passado, a ABB somou um novo robô colaborativo, de braço único, na Exposição Internacional de Robótica (iREX), em Tóquio. O novo robô tem uma carga útil de 500 gramas e, por ser compacto, pode ser facilmente integrado às linhas de montagem já existentes, aumentando a produtividade. Também tem programação direta, eliminando a necessidade de treinamento especializado para operadores.
AURA, da Comau
O Braço Robótico de Uso Avançado é uma solução capaz de ser programada para reverter a direção ou parar a movimentação de acordo com a detecção de proximidade, ou qualquer tipo de contato com uma pessoa. Com capacidade de carga de trabalho de até 170 kg, o AURA combina a utilização de camadas de segurança, sistemas perceptivos e preditivos que permitem que o colaborador e o robô trabalhem lado a lado. Por suas características é tido pela fabricante como representante da próxima geração de produtos capaz de criar um ambiente verdadeiramente colaborativo entre pessoas e robôs com carga de trabalho superior.
O AURA é inspirado nas interações humanas e foi desenvolvido com três zonas virtuais de segurança. Ou seja, o AURA é capaz de criar campos pré-determinados e detectar movimentações vindas de qualquer direção relativamente ao local onde está instalado. A velocidade de operação do robô é reduzida à medida em que ocorre a aproximação do operador, segundo os níveis de detecção.
O gerenciamento da sensibilidade é uma característica exclusiva da solução, garante a fabricante. Sendo assim, o AURA traz um conceito de segurança redundante que combina simultaneamente a percepção e a proximidade de um operador, ou de qualquer outro componente da linha, através dos sensores instalados sob camada protetora de espuma que reduz ainda mais qualquer eventual impacto com o robô.
UR, da Universal Robots
Com três modelos – para 3 kg, 5 kg, 10 kg – e raios de operação respectivamente de 500 mm, 850 mm e 1.300 mm, a Universal Robots é exclusivamente dedicada à fabricação e ao desenvolvimento de robôs colaborativos.
Ao longo desses dez anos de produção, alguns destaques, como o fato de que seu cobot ter, em 2013, sido o primeiro não-humano a tocar o sino da Nasdaq. Além disso, em 2014, obteve a TUV Nord, que certifica o sistema de segurança dos robôs UR no nível D.
Entre as características dos cobots UR estão funções de segurança ajustáveis, limitando força, velocidade, potência, inércia/momento, posição, orientação da ferramenta, monitoramento do TCP e entre juntas, conectores para equipamentos de segurança externos, leveza e inexistência de arestas afiadas, baixa “frequência de exposição”, análise de risco. Segundo a fabricante, programação em interface mais amigável e peso inferior a 30 kg permitem mudar o cobot de posição com facilidade. Além disso, o equipamento usa tomada bivolt comum da região e trabalha de 0°C a 50ºC.
Adquirida pela Teradyne norte-americana, em 2015, a empresa está presente em 12 países com 17 escritórios, 450 funcionários de 35 nacionalidades diferentes, detém 65 patentes em seus produtos e opera no Brasil com equipe própria e local, a partir dos Estados Unidos, mas a abertura de um escritório no Estado de São Paulo deve acontecer ainda este ano.
Ailus e LBR iiwa, da Kuka
Essas são as duas famílias de robôs industriais da Kuka. A Agilus, com equipamentos convencionais, e a LBR iiwa (intelligent industrial work assistent), dotados de sensibilidade e atendendo integralmente todas as normas internacionais de robôs colaborativos (PL d / Cat 3).
Para a empresa, o nível de colaboração desses robôs industriais varia segundo a utilização: a robótica colaborativa industrial é, essencialmente, aquela aplicação em que o operador, permanentemente coexiste ao lado de um robô colaborativo industrial, nas tarefas que executam em espaços compartilhados. Ou seja, o robô colaborativo vem para auxiliar, simplificar, complementar, aliviar e ajudar o operador a trabalhar de forma mais confortável, produtiva e segura, com relação às suas capacidades físicas.
A indicação envolve, ainda, tarefas executadas de modo totalmente autônomo, nas quais, de tempos em tempos, em intervalos variados, pode haver a coexistência de um operador próximo a este robô, que aí passa a operar de uma forma adequada à situação. Nestes casos, e dependendo das reais necessidades do processo de manufatura e das funções do operador, os robôs podem ser convencionais, equipados com elementos de segurança perimetral adequados e dentro das normas internacionais e nacionais de segurança, ou realmente robôs industriais dotados de sensibilidade e atendendo também às específicas normas correspondentes.
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