Scania: caminhão dos sonhos é soldado por robôs

Única planta industrial fora da Europa que fabrica todos os componentes para montagem completa de veículos da marca, a Scania Latin America, em São Bernardo do Campo (SP), conta com uma fábrica de solda de cabinas desde início dos anos 1990, mas, no segundo semestre de 2018, inaugurou uma fábrica de solda, conhecida como Bodyshop, exclusivamente focada na produção da nova geração de caminhões, batizada de Caminhão dos Sonhos.

Nesta nova unidade, cerca de 80% das tarefas para fabricação de cabinas são realizadas por 75 robôs – 71 utilizados na produção da cabina e 4 dedicados à coleta de dados para medição tridimensional do “Caminhão dos Sonhos”, além de vários AGVs para o transporte de peças até o ponto de abastecimento –, que “por si só explicam o compromisso da Scania em entregar uma cabina impecável e com muita tecnologia embarcada, como a solda à laser, para o nosso cliente”, garante Sérgio Rodrigues da Silva, engenheiro de Processos do novo Bodyshop.

O principal motivo da automação “é assegurar que as cabinas sejam produzidas com o mais alto nível de robustez e geometria perfeita, que irá contribuir para uma redução de até 2% no consumo de combustível do caminhão”, comenta Silva, agregando também o benefício para os colaboradores, que, assim, “concentram-se em tarefas voltadas ao controle do processo, garantia de qualidade do produto, manutenção e logística”.

Essa nova fábrica de solda é definida como espelho da matriz da Scania na Europa (Suécia), com o mesmo portfólio de produtos e a mesma qualidade global. Nesse contexto, em comparação com a plataforma anterior, que foi desativada, o uso da robótica evolui em praticamente tudo, desde a interface de programação mais amigável, na precisão de movimentos, nos níveis de segurança que os robôs asseguram ao seu redor e na interatividade com os demais equipamentos. Isso, porque, na nova geração de caminhões, o uso da robótica “é uma questão de sustentabilidade do negócio e sinônimo de qualidade impecável e orgulho pelo investimento na capacitação das pessoas”, frisa o engenheiro de Processos.